PRA-JA não exclui hipótese de uma coligação governamental com o MPLA



Dois meses depois da legalização do PRA-JA, Servir Angola, pelo Tribunal Constitucional (TC), a formação política liderada por Abel Chivukuvuku, conferiu posse aos membros que compõem os seus órgãos centrais e intermédios.

Xavier Jaime, que representou o líder do partido, disse que a nova formação política pretende ser Governo em 2027 ou fazer parte do Executivo, sem descartar o MPLA.


Mais de três dezenas de membros do PRA-JA, dentre secretários nacionais, provinciais e assessores, tomaram posse numa das unidades hoteleiras da capital na passada sexta-feira,13.


Numa cerimónia que foi negativamente marcada pelo atraso de hora e meia e pela ausência de Abel Chivukuvuku, o vice coordenador do PRA-JA fez as honras da casa.


Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762



Não passou igualmente despercebido aos olhos dos observadores mais atentos a ausência de figuras de proa da UNITA, um dos principais parceiros da coligação informal, que engloba igualmente o Bloco Democrático (BD).


Xavier Jaime atribuiu a ausência de Abel Chivukuvuku a “ razões imponderáveis “, tendo afirmado, por outro lado, que o acto da tomada de posse decorria no âmbito da preparação do PRA-JA para os novos desafios que se avizinham, tendo em conta as eleições de 2027.
Segundo ele, a sua formação política não tem ainda uma data para a realização do seu conclave, mas que poderá “acontecer em 2025 ou meados de 2026”.


Na óptica do também deputado pela UNITA, a criação do PRA-JA resultou do facto de a sua formação política não se rever no MPLA ou na UNITA.


Numa breve entrevista que concedeu aos distintos órgãos de comunicação social, no final da cerimónia, revelou que o futuro dos membros do seu partido, que estão na Assembleia Nacional, mais concretamente na bancada parlamentar da UNITA, dependia da vontade deles, sendo livres de optar pela sua ou não continuidade naquele órgão.


“Cada um é livre de escolher a sua filiação política, mas por força da Lei dos Partidos Políticos ninguém pode ter a dupla filiação”, advertiu.


Em relação aos últimos pronunciamentos feitos por Abel Chivukuvuku que davam conta de que o PRA-JA será Governo em 2027 ou fará parte de um futuro Executivo, revelou que a prioridade para a consumação desse desiderato passava por uma coligação formal no quadro da Frente Patriótica Unida (FPU), sem contudo descartar a hipótese de o seu partido concorrer a solo ou, num outro cenário, fazer uma coligação governativa com o MPLA.


“ Um partido político tem de ter vocação para o poder, de contrário não vale a pena estar na política. A partir do momento em que nos assumimos como o partido político aspiramos chegar ao poder. Há várias hipóteses de lá chegar. Neste momento, o PRA-JA faz parte de uma plataforma, que é a FPU, pelo que esta deverá ser a opção número um”.


Advertiu, porém, que o PRA-JA é um partido que congrega vontades, mas que a sua inserção numa plataforma eleitoral dependia também de outras vontades dos seus parceiros numa eventual coligação.



Questionado sobre se equacionava uma aliança como o MPLA num cenário pós-eleitoral, não descartou essa hipótese. “O MPLA não é a mãe de todos os pecados” avisou.


À insistência de um dos jornalistas se isso significava o fim da FPU, o médico de profissão Xavier Jaime negou uma iminente ruptura. “ Não faz parte dos nossos propósitos, nem da nossa vontade, até porque nós temos, bem presente, bem consciente que os resultados alcançados em 2022 são animadores, uma vez que FPU é ainda é uma plataforma ganhadora”, disse, a finalizar.


Causou alguma estranheza entre os convidados a presença de uma equipa de reportagem da TPA que, por norma, tem primado pela ausência quando se trata de cobrir actos políticos que envolvem certos partidos da oposição ou de organizações da sociedade civil não alinhadas com o poder político.

Ilídio Manuel- Club-K

Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação 

Postar um comentário

0 Comentários