“50 anos depois, não podemos ficar felizes que a única coisa que podemos dar à nossa gente são asas de galinha, pernas de galinha, e de preferência é importadas”



Novo capítulo no ‘Caso asinhas’. O ministro da Agricultura e Florestas, Isaac dos Anjos, afirmou que, contrariamente ao que tem sido noticiado, o seu pelouro (ainda) não autorizou o Instituto dos Serviços de Veterinária a implementar a medida de proibição de importação de partes de carnes bovina, suína e aves.

 

“Eu nem sequer ainda despachei nada. Foram os Serviços [de Veterinária] que me comunicaram. Eu é que tenho que decidir se concordo com a decisão dos Serviços ou não”, disse Isaac dos Anjos, quando presidia, nesta quinta-feira, 27, em Luanda, ao lançamento da Consulta Pública para a elaboração da Estratégia Nacional de Reconversão dos Sistemas Agro-alimentares 2026-2035. 

 


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Em relação àquilo que poderá vir a ser a sua posição sobre o dossiê, o governante deu palpites, que apontam para aceitação, ao afirmar que, em princípio, não vai “lutar com os Serviços [de Veterinária]”, porquanto entende que o País tem infra-estruturas e condições para produzir internamente os produtos em causa.

 

Isaac dos Anjos afirmou que, volvidas quase cinco décadas desde a independência Nacional, Angola não deve aceitar que certos produtos façam parte da dieta alimentar das suas populações.

 

“50 anos depois, somos um País independente, não podemos ficar felizes que a única coisa que podemos dar à nossa gente são asas de galinha, pernas de galinha, e de preferência é importadas, porque se calhar sabe melhor”, atirou.

 

E, perplexo e inconformado com o quadro, acrescentou: O que é que é isso? E vem em nome do povo, ah não, isso assim vai criar inflação, se você fizer essa declaração de proibição”.

 

Realce-se que, no documento que sustenta a pretensão de proibição, o Instituto dos Serviços de Veterinária informa que, a partir de 15 de Março próximo, não serão emitidas licenças para importação de miudezas, partes de aves, de suíno e de bovinos, porquanto “existem condições para a produção local dos referidos produtos”.

 

Estão em causa, de acordo com o comunicado do ISV a que a revista Economia & Mercado, precisamente produtos de origem animal de carne bovina como miudezas, dobrada, rins, fígado, coração e pulmões.

 

A concretizar-se a medida, no próximo mês, o País deixa, ainda, de importar produtos de aves como asas de peru, de galinha e de pato, moela, coração, dorso, pescoço e fígado; e produtos suínos, nomeadamente cabeça, máscara, orelha, focinho, rabinho, esterno, fígado, coração e miudezas.

 

O Instituto dos Serviços de Veterinária agendou para 31 de Julho deste ano a eventual entrada em cena de outras medidas de impeditivas de importação de rabinho de bovino, cabeça de bovino, coxa, coxa de galinha rija, coxa de peru, coxinha e pescoço de porco.

 

Por altura do anúncio da ‘medida’, operadores do segmento consideram-na precipitada, devido à insuficiência da produção nacional dos subprodutos; enquanto populares queixam-se de a decisão limitar o acesso a produtos que fazem a base alimentar de muitas famílias de baixa renda.

Economia e Mercado


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