Em tempos já lá vão alguns anos, eu e os meus radares fizemos uma investida em algumas embaixadas de Angola aqui na Europa, iniciando em Portugal. Abrimos alguns arquivos mal fechados e contactamos testemunhas para medirmos e pesarmos o ambiente que se vive dentro delas e entre eles mesmos.
Apanhamos um choque tremendo e quase caímos todos juntos ao constatarmos que era quase tudo igualzinho. Desde os grupos traficantes de documentos e de influência, brigas, piadas entre uns e outros, rivalidade, gula e ambição pelos lugares uns dos outros e até bruxaria.
Colegas que se remavam entre eles dentro dos gabinetes ou no WC, lavagem de capital, punhetadas, etc. Enquanto outros esfregavam as mãos de contentes por partirem o braço mais uma vez, ao trambicarem o branco alheio, coitado que foi pedir visto para entrar em Angola como turista.
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Turista ansioso em ver bunda grande de negra nas praias de Luanda e ver se conseguisse arrastar uma ou outra para o quarto do hotel, longe de imaginar que algumas delas são treinadas pela gangue de criminosos com a sigla de SiC, para lhes fazer a folha. Lhe dopando e, quando acordasse, até o seu Visa card ganhava pernas em fração de segundos e já tinha a sua conta bancária toda careca.
Olha que existem vários casos destes nunca relatados, mas ainda bem que estamos aqui para cumprir essa missão sagrada de vos informar e sermos informados com verdade.
Mas o curioso, e ponto mais alto dessa nossa investida, foi um embrulho estranho que estava por cima de um sofá que havia no gabinete de um diplomata. Este nunca se arriscou a tocar nele porque já sabia que se tratava de feitiço colocado por um colega seu por causa da ambição pelo seu cargo.
Só que um dia desses, a mulher de limpeza encontrou o embrulho que parecia um conjunto de penas de galinha, pintelheira de mulher encoracoladas, folhas que pareciam de kizaca e missangas, e deitou para o lixo. O coitado do diplomata nunca mais teve sossego e quase deu em maluco antes de ser substituído misteriosamente.
Fernando Vumby
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