O Caso do Governador do Kwanza-Norte: A Cesar o que é dele - Graça Campos



Uma das suas bandeiras, no consulado do Presidente João Lourenço o rejuvenescimento geracional deixou de ser um simples engodo eleitoralista. Hoje, há em toda a administração pública, em postos de chefia das Forças Armadas, da Polícia e de outros entes públicos reflexos desse rejuvenescimento. Como uma das mais baixas médias de idade do mundo, faz todo o sentido que, em Angola, à juventude seja reservado o papel central nas transformações de que o País carece para sair do pântano em que está atolado praticamente desde que se tornou independente.

Sendo desejável – até mesmo porque é inevitável – o rejuvenescimento não deveria, no entanto, ter como condição primacial a idade cronológica. Que o mesmo é dizer que ser jovem (e entre nós a juventude parece que vai até aos 60 anos, pelo menos é assim que os maquisards do MPLA olham para a geração nascida a partir da década 60 do século passado) não pode, por si só, ser determinante para o exercício de elevadas funções na administração pública. À juventude, é fundamental associar a meritocracia, indissociável do conhecimento, da cultura.



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Noutros tempos, aos 42 anos, o actual governador do Kwanza Norte (na foto) já teria o estatuto de um senhor.


Mas na lógica dos maquisards do MPLA, João Diogo Gaspar é, ainda, um “jovem”, a quem o Presidente João Lourenço deu uma oportunidade. 
Quando João Diogo Gaspar nasceu, em 1983, Agostinho Neto já ca não andava há 4 anos. Foi-se em 10 de Setembro de 1979.


Mas, o facto de não ter conhecido o primeiro Presidente de Angola não autoriza algumas “derrapagens” ao governador do Kwanza Norte.


Fruto de leituras apressadas, de conversas mal ouvidas ou interpretadas, há dias, o governador do Kwanza Norte atribuiu a Agostinho uma falsa prática.


Para justificar algumas exonerações de membros do “team” que ele próprio constituiu, o “jovem” governador do Kwanza Norte “inspirou-se” no que julgou que Agostinho Neto fazia.


“Nós aqui no Kwanza Norte vamos ter a filosofia do que acontecia com o Presidente Dr. António Agostinho Neto: exonerar, exonerar, até encontrar os melhores quadros”.


Nos incompletos quatro anos em que dirigiu Angola, Agostinho Neto não teve nem tempo e muito menos recursos humanos para exonerar nomeados com a mesma frequência com que hoje pessoas “abençoadas” trocam as roupas íntimas.


Regressado das matas de tangas, o MPLA não tinha quadros em número suficiente para que o seu presidente se permitisse exonerar, exonerar até acertar. Nunca acertou. Por isso, o país foi mesmo governado pela mediocridade que veio das matas.


Exonerador implacável é uma categoria não aplicável ao “pobre” do Manguxi.


Sem opções, governou mesmo com o que havia. E o que havia era muito escasso...académica e intelectualmente.


Em suma, não se atribua ao “velho” façanhas corriqueiras nos tempos hodiernos, em que, frequentemente, muita gente acorda como ministro e dorme como povo em geral...


Tivesse o “velho” as opções hoje existentes e tivesse ele poupado as vidas de milhares de jovens com “7. ano” e, provavelmente, teria legado a José Eduardo dos Santos um país melhor gerido.

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