Um juiz turco ordenou, domingo, 23, a prisão por corrupção do presidente da câmara de Istambul, Ekrem Imamoglu, cuja detenção, na quarta-feira, desencadeou uma onda de protestos na Turquia.
Acusado de corrupção e terrorismo, Imamoglu, principal rival do Presidente Recep Tayyip Erdogan, ficou em prisão preventiva depois de ter sido levado no sábado à noite para o tribunal de Caglayan, em Istambul.
Imamoglu foi ouvido duas vezes durante a noite pelo tribunal, onde chegou sob forte escolta policial, segundo a agência francesa AFP.
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O Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata), principal força da oposição a que pertence o presidente da câmara de Istambul, denunciou “um golpe de Estado político”.
Neste domingo, os tribunais ordenaram também a prisão preventiva de outros coacusados do presidente da câmara, incluindo um dos seus conselheiros mais próximos.
O CHP anunciou que iria apresentar o popular presidente da câmara como candidato presidencial nas próximas eleições, previstas para 2028.
Em Angola, um julgamento do que as autoridades definiram como actos preparatórios para atentados terroristas deverá terminar nos próximos dias com a muito provável incriminação do presidente e do chefe da bancada parlamentar da UNITA por pretenso patrocínio dessas actividades.
O advogado de defesa gabou-se repetidamente à imprensa de ter negociado com o corpo de jurado um acordo de delação premiada – inexistente no ordenamento jurídico angolano – ao abrigo do qual os arguidos “entregariam” Adalberto da Costa Júnior e Liberty Chiaca como mandantes de actos que pretensamente visariam destruir o palácio presidencial, a embaixada americana, a Assembleia Nacional, a refinaria de petróleo, em Luanda, e uma subestação de energia em Luanda.
Em meios esclarecidos, a mais do que provável incriminação dos dois líderes da UNITA tem por objectivo torná-los inelegíveis nas eleições previstas para 2027.
À imprensa, o advogado de defesa tem reiterado a certeza de que Adalberto Costa Júnior e Liberty Chiaca serão constituídos arguidos nos próximos dias.
Embora já não possa, nos termos da Constituição angolana, concorrer a novo mandato, em meios geralmente bem informados é atribuído ao actual Presidente da República e do MPLA o comando da maquinação que visa afastar Adalberto da Costa Júnior da próxima disputa presidencial.
Em 2022, o MPLA e o seu presidente envolveram o Tribunal Constitucional nos seus desígnios de colocar ACJ em situação de offside.
Prevenindo-se dos quase inevitáveis tumultos que se seguiriam à incriminação de ACJ e Liberty Chiaca, o Governo está já a afinar a sua capacidade de repressão e toma o seu homólogo turco como inspiração.
A semana passada, os dois governos assinaram em Istambul um acordo de cooperação nos domínios da segurança e ordem interna.
“O acordo que assinamos prevê, entre várias acções, a cooperação no domínio da formação e capacitação de quadros, da troca de informações de inteligência policial dos órgãos respetivos e vamos também reforçar acções no domínio da emigração”, disse quinta-feira, 20, o ministro do Interior de Angola, Manuel Homem, que rubricou, pelo nosso país, o documento que reforça o intercâmbio entre os órgãos policiais dos dois Estados.
A delegação angolana testemunhou as primeiras investidas da polícia turca contra as manifestantes que reclamam a libertação do presidente da edilidade de Istambul.
Dir-se-ia que a troca de experiências que Angola foi fazer com a Turquia culminou com uma “aula prática”.
Por isso, pode não ser mero acaso o facto de a visita do ministro do Interior de Angola coincidir com a ordem de prisão do presidente da câmara de Istambul e a consequente repressão policial dos manifestantes pró-Ekrem Imamoglu.
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