Jonas Malheiro Savimbi é um nome incontornável na história política nacional, do continente africano e global. É visto por muitos em duas vertentes: como político e fundador da UNITA e como militar. No percurso árduo da sua luta, teve virtudes e cometeu alguns erros. É nos erros cometidos que, com a ascensão ao pódio do partido de ACJ, cujo executivo era composto por muitos que sentiram-se lesados com o que chamamos de "passivo", chamando à sua volta algumas famílias de proa lesadas, onde tudo começou. Muito antes, no período da campanha de ACJ, alguns membros da mesma campanha diziam: " se eu perdi a perna ele é culpado", "o meu pai lhe mataram", " não me deu bolsa", "nos dava rolão"... Após a vitória de ACJ suas passagens eram rejeitadas a alto nível, as comemorações do 22 de Fevereiro e 3 de Agosto eram questionadas, aos filhos algumas directas e indirectas.
"Esses vieram mais fazer o que? O tempo deles passou, Jonas Savimbi já morreu". Os filhos, uns faziam de contas, outros aproveitavam só já o tal mel e os mais visados, apesar de muitas aprovações, decidiram resistir. " cina só yavo a tu linga, tu vá cilinga vo", "o que o pai deles nos fez vamos lhes retribuir". A vingança não une e gera conflitos. O mais caricato, trata-se de pessoas que mais foram beneficiados com promoções, bolsas de estudos, regalias, viagens para tratamentos, participação em rondas negociais, viaturas top de gama ( numa altura em que os Ministros do governo da REPÚBLICA POPULAR DE ANGOLA não tinham), recebiam na administração do AC, enquanto que os filhos de Savimbi comiam pirão com feijão e mbulunga.
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Os ressentimentos, revanchismos, vinganças e prepotências criam desunião, o que nos divide nos diminui, o Mv Samakuva teve a sapiência de lidar com esses assuntos complexos, equilibrando os extremos para não se resvalar num colapso. A revolução não foi um banquete e o julgamento precipitado das coisas levavam à medidas expeditas em que os autores morais e executores estão aí, muitas das vítimas foram elas que introduziram no código penal das terras livres de Angola a PENA CAPITAL. Em vários casos Jonas Savimbi teve que intervir, a exemplo disso, o Dr Carlos Feijó se vive até hoje, graças Jonas Savimbi, porque os canibais queriam o devorar, o William Tomé, quando apareceu na Jamba com passaporte angolano, em 1988, no II Congresso extraordinário, como repórter da VOA escapou, graças a intervenção pontual do Dr Savimbi, para não falar de outros casos internos.
A perseguição Implacável de certos MVs aos filhos de Jonas Savimbi é a causa do abandono das fileiras de parte de seus filhos que, para preservarem até as suas vidas, preferem abandonar o barco que seu pai construiu. O mais caricato é que até o governo de José Eduardo dos Santos, como inimigo, por reconhecimento da dimensão de Savimbi, cuidou da sua família, dando assistência mas no Sovsmo é correr com eles ultraja-los e os preterir. Mas apesar dos pesar é necessário resistência e resiliência, não são pessoas que nos devem abalar ao ponto de abandonar o barco. Nós estamos aqui, fomos expulsos por ex FAPLA, por isso mesmo é que não aceitamos, um Kayandoka não pode ter o pejo de relegar os quadros calejados, com verticalidade político-ideológica deste instrumento de luta.
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