China disponível a conceder novos financiamentos a Angola sem o petróleo como garantia



A China está disponível a conceder novos financiamentos a Angola sem o petróleo como garantia, garante Yu Yong, director geral adjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. A diabolização da dívida de África à China, segundo o responsável, é uma narrativa criada por "peritos ocidentais" que distorce aquilo que é financiamento ao desenvolvimento.

O uso de petróleo como colateral na contratação da dívida foi uma opção proposta por Angola e não pela China, segundo afirmou Yu Yong, um dos três directores gerais adjuntos do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) chinês, durante um encontro com jornalistas angolanos, em Pequim.

 

"Se Angola entender que há um método melhor, ficamos contentes por saber", acrescentou o também responsável pelo Departamento dos Assuntos Africanos do MNE chinês, salientando que para uma economia em desenvolvimento a dívida é uma "questão falsa", já que o país precisa de financiamento para se desenvolver.



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Durante a conversa com os jornalistas angolanos, num dia dominado pelas tarifas recíprocas aplicadas pelo Presidente Donald Trump, Yu Yong lembrou que os EUA recusaram, na altura, a proposta para financiar Angola, tendo o petróleo como garantia, e a China ofereceu-se para "oferecer" esse capital, um investimento com o qual os bancos chineses também ganham dinheiro. Com isso, Angola "conseguiu um grande desenvolvimento", que se traduz em projectos de infraestruturas e uma aposta no seu sector produtivo.

 

A China é o principal parceiro comercial de Angola em África, com trocas de 18.251 milhões USD em 2024, 36% das trocas comerciais do País. A China é, ao mesmo tempo, o maior cliente de Angola, o maior fornecedor e também o maior credor.

 

"Para um país em desenvolvimento, a questão da dívida talvez seja falsa. Nós, no início da reforma e abertura, também pedimos empréstimos ao Banco Mundial e ao Banco de Desenvolvimento Asiático, mas transformámos essa dívida em dinamismo para o nosso desenvolvimento", ilustrou o representante do governo chinês.

 

Questionado pelo Expansão, o Ministério das Finanças angolano diz que "não tem elementos para confirmar a afirmação" de Yu Yong, esclarecendo que essa "foi uma estrutura de financiamento muito utilizada numa altura em que o acesso ao financiamento esteve limitado ao país".

 

Quanto à abertura da China para negociar novos empréstimos, numa modalidade que venha a ser proposta por Angola sem o petróleo como colateral, o ministério liderado por Vera Daves de Sousa admitiu que "poderão surgir novos financiamentos". Mas o "engajamento do Estado [angolano] estará dependente do alinhamento com a Estratégia de Endividamento e a capacidade orçamental para a materialização da iniciativa", clarificou.

 

No ano passado, Angola assinou um acordo de financiamento com o Eximbank da China, assegurando recursos para o Projecto de Construção da Rede de Banda Larga para o país, o equivalente a 250 milhões USD, com taxa de juros de 2% e período de reembolso de 20 anos.

Expansão 


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