Os funcionários da Universidade Cuito Cuanavale (UCC) estão organizando uma marcha pacífica em protesto contra a falta de resposta às denúncias de irregularidades na instituição. A ação visa exigir o restabelecimento da legalidade e ocorre após a apresentação de queixas formais ao Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, que permanece em silêncio, intensificando a frustração entre a comunidade acadêmica.
Em contraste com outras instituições onde fraudes acadêmicas e financeiras resultaram em ações por parte das autoridades, a UCC continua sem resposta adequada, mesmo diante da gravidade das denúncias e da existência de provas. Entre as queixas mais recorrentes estão:
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- Fraudes financeiras: Desvio de milhões de kwanzas através de um Sistema de Gestão Acadêmica inoperante.
- Desvios de fundos públicos: Recursos destinados à universidade não estão sendo utilizados corretamente.
- Fraude na nomeação de diretores: Irregularidades na seleção do Diretor do Instituto Politécnico da UCC.
- Falsificação de documentos oficiais: Práticas que comprometem a integridade da instituição.
- Irregularidades em concursos públicos: Problemas no processo de seleção para a carreira docente e de investigação científica.
- Perseguição a funcionários: Agressões a aqueles que defendem os princípios do Estado angolano.
- Sonegação de documentos: Falta de transparência nas práticas administrativas.
Os funcionários afirmam que a tramitação legal para a autorização da marcha já está em andamento. Eles reivindicam um basta à impunidade e à corrupção encoberta, exigindo uma resposta imediata das autoridades competentes. Para eles, a luta pela legalidade não é opcional, mas um direito legítimo consagrado nas leis angolanas, como a Lei n.º 23/91 (Lei da Greve) e a Lei n.º 1/11 (Lei sobre o Direito de Reunião e de Manifestação).
A comunidade acadêmica da UCC se mobiliza, determinada a fazer sua voz ser ouvida.
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