A dimensão vertical do cristianismo - referente ao plano das relações do homem com Deus - acresce uma outra dimensão, a chamada dimensão horizontal - que incide no plano das relações dos homens, uns com os outros. FRANCISCO simplificou a sua relação com aquiko que mais amava (a Igreja e o povo), desonerando-se das benesses, ostentação e rituais dos seus antecessores - FRANCISCO foi o PAPA dos pobres.
Todos os homens são iguais, todos são filhos do mesmo Deus - nenhuma diferença de natureza existe eles. O cristianismo é, como se sabe, essencialmente uma revolução religiosa - mas são inegáveis as suas implicações morais, sociais e políticas. E é justamente com essas implicações morais, sociais e políticas que o PAPA FRANCISCO se destacou na sua missão papal.
"Todo o poder vem de Deus - quer quanto ao sentido do seu exercício - o poder passará a ser visto não como um direito próprio dos governantes ou como pura autoridade do Estado sobre os cidadãos, mas sobretudo como função posta ao serviço do homem comum, da qual resultam para o seu titular, mais deveres do que direitos, e menos privilégios que responsabilidade " (César Augusto).
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Existem duas cidades - a Cidade Celeste e a Cidade Terrena. Para Santo Agostinho (séc. IV e V), "só na Cidade Celeste há verdadeira paz, verdadeira justiça, verdadeiro bem; na Cidade Terrena, os homens esforçam-se por alcançar a paz, mas como não há paz sem Deus, encontram apenas uma aparência de paz; procuram alcançar a justiça - mas como não há justiça sem Deus, encontram apenas uma aparência de justiça; e tentam alcancar o bem, mas como não há bem sem Deus, encontram apenas uma aparência de bem".
O PAPA FRANCISCO, talvez tenha sido o PAPA que mais apelos fez sobre a paz no mundo (face aos conflitos militares e guerras entre as nações). FRANCISCO também foi o PAPA que mais apelou à justiça e a prática do bem entre os homens.
É tarefa dos governos: a promoção e a defesa da justiça, paz e do bem-estar comum. Enquanto Chefe de Estado do Vaticano (Santa Sé ou Sé Apostólica), o PAPA FRANCISCO, provavelmente tenha sido o PAPA que teve o seu consulado marcado por mais intervenções políticas e sociais. "Não tenham medo de se sujar na política, porque é uma das formas mais altas de amor. Podem fazer muito bem trabalhando pela justiça e pela paz" (Francisco, 2013).
A prosperidade e o bem-estar comum também foram destacadas por FRANCISCO, ao longo da sua missão papal. "Não se pode confiar no mercado nem nas forças cegas e na mão invisível. A política tem de assumir o dever de pôr em primeiro lugar o bem comum" (Francisco, 2013).
A política deve ser um instrumento de transformação social, promovendo a justiça, a dignidade e a solidariedade. Assim, ao nos engajarmos na vida pública - sejamos guiados por princípios que transcendem interesses pessoais - que cada decisão e acção política reflita o compromisso com uma sociedade mais inclusiva, justa e fraterna. "Se se escolhe um rei, não é para que ele se ocupe sobretudo da sua própria pessoa, mas para que assegure a prosperidade daqueles que o escolheram" (Xenofonte).
Apesar da população reduzida, o Vaticano tem grande influência moral, espiritual, política e social sobre mais de 1 bilião de católicos no mundo inteiro (correspondente à cerca de 20% da população mundial). Não diríamos que FRANCISCO tenha feito uma "revolução estruturante ou de grande profundidade" na Igreja Católica Apostólica Romana, no sentido de inverter totalmente à doutrina da igreja católica (o catolicismo), mas é certo que FRANCISCO terá feito alguma <ruptura epistemológica> e, quebrou alguns tabus na doutrina e na estrutura orgânica e funcional da igreja católica, nomeadamente:
1.
Democratização Sinodal: FRANCISCO encurtou à distância que havia entre leigos e clérigos.Tornou o <Colégio Cardinalício> mais inclusivo e mais representativo - aumentando o número de Cardeais na Sé Apostólica (mais cardeais africanos, latino-americanos, asiáticos e oceânicos) mitigando assim o eurocentrismo antes predominante no <Colégio Cardinalício>;
2.
Promoveu à abertura pastoral homoafectiva: FRANCISCO - contra todas expectativas - abriu às portas da igreja católica aos "homossexuais assumidos" e "pernitiu" o casamento entre homens e mulheres do mesmo sexo (considerado por alguns cardeais conservadores e pela opinião pública internacional) como condescendência de FRANCISCO à lascívia e a promiscuidade sexual na igreja católica e entre cristãos em todo mundo);
3.
FRANCISCO, condenou e lutou contra os abusos sexuais e o assedio sexual na igreja católica até ao dia da sua morte;
4.
FRANCISCO - o PAPA construtivista: FRANCISCO foi talvez o PAPA que mais pontes contruiu e mais barreiras quebrou na Igreja Católica Apostólica Romana (no século XXI). O PAPA "mais político" do século XXI criticou e pressionou aberamente a Federação Russa, os EUA, a NATO e Israel, e tendo mesmo exigido o fim das hostilidades militares em território ucraniano e na Faixa de Gaza (o que considerou de genocídio).
5.
FRANCISCO - o PAPA da juventude: com um discurso contemporâneo, franco, aberto e empático, FRANCISCO (diferente de João Paulo II e Bento XVI) conseguiu atrair muitos jovens para igreja católica e, granjeou da simpatia e aceitação de quase todos, mas particularmente da juventude em to todo mundo. FRANCISCO queria uma igreja católica para "todos, todos, todos" sem excepção.
Sigamos o exemplo de FRANCISCO, o PAPA mais político da Igreja Católica Apostólica Romana no séc.XXI. O Santo Padre (PAPA FRANCISCO) obviamente terá deixado boas obras (essas são as obras que devemos aproveitar), para promover à justiça social, a paz social e o bem-estar comum. Sobre as coisas "más" ou desagradáveis de FRANCISCO, deixemos para o julgamento divino - essa é uma <competência exclusiva> de Deus-Pai todo poderoso, criador dos céus e da terra (Génesis 1:1).
Quanto a nós, FRANCISCO foi o Rei-Filósofo, o PAPA mais político e politizador líder do Vaticano (Santa Sé ou Sé Apostólica) no séc. XXI. Na visão e acepção politológica de Platão, "os políticos não podem ser moderados nem violentos. Os moderados gostam de viver tranquilamente - são pacíficos em sua casa e querem sê-lo também perante as potências estrangeiras: são incapazes de combater - ficam a mercê de quem os atacar. Os violentos também não servem, porque sendo beliciosos, empurram o país para guerra - sucistam inimigos e arruinam à Pátria (...). O político ideal é, assim, o Rei-Filósofo - tão firme que não violento, tal como o foi FRANCISCO - o PAPA mais político do séculoXXI.
Carlos Joaquim (Cientista Social e Politólogo)
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