Activista forense afirma ter sido alvo de tentativa de execução no Huambo por elementos do SIC



O perito judicial e activista Sabalo Salazar “Sakatindi” denunciou publicamente ter sido alvo de uma alegada tentativa de execução levada a cabo por agentes do Serviço de Investigação Criminal (SIC) na província do Huambo. A acusação mais grave recai sobre Alberto Capo Sopite, também conhecido por “Pablo Tchibanta” nas redes sociais, actual chefe de buscas e apreensões do Departamento de Operações do SIC-Huambo.

Segundo o relato divulgado por Sakatindi, os factos ocorreram no fim-de-semana de 17 e 18 de Maio, após a sua participação no congresso constitutivo do Partido Liberal, realizado na cidade do Huambo. Durante a sua estadia, o denunciante afirma ter notado movimentações suspeitas, viaturas não identificadas em redor do hotel onde se hospedava e a presença de agentes do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE) no local do evento político.


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Sakatindi relata que, já no espaço de lazer Garden, foi directamente abordado por Sopite, que, de acordo com a denúncia, terá afirmado de forma pública e ameaçadora: “Hoje vim aqui para te m@t@r… e vou te m@t@r. Se não te m@t@r hoje, tens 24 horas para sair do Huambo.”

O denunciante refere que apenas conseguiu escapar devido a uma série de manobras cautelosas e apoio de companheiros solidários com a sua segurança. Ainda segundo o seu testemunho, o hotel onde estava alojado foi cercado durante a madrugada por viaturas atribuídas ao SIC-Huambo, incluindo uma de marca Land Cruiser, identificada parcialmente com a matrícula “Ld 51…HA”.

Sakatindi afirma que a alegada tentativa de execução está relacionada com o seu trabalho de investigação e denúncia de redes de narcotráfico e crime organizado, particularmente na província do Huambo. Nos últimos meses, o “Laboratório Sakatindi”, projecto de intervenção cívica liderado por si, tem divulgado casos mediáticos, como o da morte da jovem Sónia, onde apontou alegadas falhas na actuação das autoridades.

Até ao momento, não há pronunciamento oficial do SIC ou de outras instituições do Estado sobre as acusações. A identidade dos demais agentes envolvidos, segundo o denunciante, está a ser apurada por meios próprios.


O caso ocorre num momento em que activistas e denunciantes em Angola enfrentam crescentes desafios no exercício das suas actividades, com alegações recorrentes de perseguição, intimidação e falta de protecção institucional.

Sakatindi finaliza o seu comunicado afirmando: “A minha voz continua livre. Mas, se algo me acontecer, o país e o mundo saberão de onde partiu a ordem.”

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