Aqui fora bué de bocas, muitos apoios nas redes sociais e muitas promessas perante a possibilidade de eu ser preso, já que a notícia sobre a minha prisão já tinha sido preparada. O tribunal e a PGR fizeram questão de vazar antecipadamente o mandado de captura. Fui "capturado" por ser um altamente perigoso! Fui preso porque não tinha valores para viver em sociedade. Tudo estava preparado para humilhar o Carlos Alberto e a sua família. No momento da verdade, não recebi apoio de ninguém senão da minha família (parte da família).
A minha mãe foi a mais incansável. Estava lá rigorosamente em todas as visitas, em todas as semanas, do princípio ao fim, com chuva ou sem chuva, apesar de ter uma deficiência na perna, fruto de um tiro que apanhou no seu trabalho, que quase lhe tirou a vida. O amor de mãe é incondicional. É o amor mais sincero que existe na Terra. Quase dois anos preso. Cada hora trancado era como se fosse um dia. Cada dia era como se fosse um mês.
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Cada mês era como se fosse um ano. Cada ano era como se fosse um século. Na cadeia, reflecti muito sobre a hipocrisia e a falsidade do ser humano. Graças aos poucos da minha família, principalmente à minha mãe, saí vivo da cadeia. Podia ter sido pior. E teriam dito que "não se adaptou à cadeia".
Assim que saí da Comarca de Viana, a primeira casa em que pisei foi a dela. E foi um momento especial, que certamente estará guardado nas nossas memórias.
Obrigado, minha mãe, minha heroína!
Carlos Alberto
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