Ex-cônsul comercial de Moçambique no Brasil é líder do PCC e foi preso na Bolívia



Na última sexta-feira (16.05), Marcos Roberto de Almeida, conhecido como "Tuta", ex-cônsul comercial de Moçambique no Brasil, foi detido na Bolívia. Tuta é considerado um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das mais poderosas facções de tráfico de drogas do país. Sua prisão levanta questões sobre os mecanismos de verificação utilizados pelo Estado moçambicano na seleção de representantes diplomáticos.


A prisão de Tuta foi amplamente divulgada pela imprensa brasileira, que destacou suas ligações com o consulado moçambicano em Belo Horizonte, onde atuou entre 2018 e 2019. O governo de Moçambique, por sua vez, negou qualquer envolvimento do Estado com o criminoso, afastando-se das alegações de vínculos formais.


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Sérgio Gomes, especialista em Relações Internacionais, afirmou que não existem normas claras para a indicação de cônsules em Moçambique, o que torna essencial a análise do histórico profissional e pessoal do indicado. "Deve-se realizar um 'background check' para garantir a idoneidade do candidato", ressaltou Gomes, apontando que erros nesse processo podem ocorrer, mas devem ser corrigidos assim que identificados.


A falta de um regulamento formal para a seleção de cônsules pode resultar em escolhas inadequadas, como no caso de Tuta, que, segundo as investigações, tinha um passado criminal conhecido. O analista enfatiza a necessidade de maior rigor na verificação dos candidatos, especialmente em um contexto onde Moçambique já enfrentou situações similares.


Tuta foi um dos principais alvos da Operação Sharks, deflagrada em 2020, que visava desarticular a estrutura do PCC. O promotor Lincoln Gakiya, à época, afirmou que Tuta havia sido nomeado por Marcola, ex-chefe da facção, para assumir o comando após sua transferência para um presídio federal.


A prisão de Tuta e suas conexões com o consulado ilustram a urgência de Moçambique em aprimorar seus mecanismos de verificação e garantir que seus representantes no exterior sejam dignos de tal responsabilidade. A situação atual aponta para a necessidade de um reexame das práticas consulares e da idoneidade dos indivíduos escolhidos para representar os interesses do país.


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