A crer no ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (TIC´s), Angola registou, no espaço de 4 anos, um enorme crescimento em matéria de utilizadores de internet, passando de 6,6 milhões em 2020 para 12 milhões em 2024.
Mário Oliveira, que prestou estas declarações durante a abertura do III Conselho Consultivo do pelouro que dirige, considera que Angola superou neste capítulo vários países do mundo.
Deixando transparecer uma certa mania das grandezas, o titular da pasta das TIC´s enalteceu os investimentos feitos em aquilo que ele considerou projectos estruturantes, sobretudo do AngoSat-2, assim como a expansão da fibra óptica para os países vizinhos e a adesão aos cabos submarinos internacionais.
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Quem vive em Angola ou conhece um pouco da realidade deste país sabe que as palavras do ministro não passam de meros exercícios de retórica e propaganda, que estão muito longe da realidade. Os constantes cortes de sinal nos serviços de telefonia móvel e internet desmentem-no.
Ninguém em sã consciência acredita que os serviços de telefonia móvel e de internet tenham registado melhorias significativas, pelo contrário têm baixado de qualidade, o que contrasta com a propaganda governamental, mais concretamente do titular do pelouro.
Muitos utilizadores questionam sobre a utilidade e os benefícios do tão propalado satélite que custou mais de 300 milhões de dólares aos cofres do Estado, mas sem reflexos práticos.
Uma das debilidades ou insuficiências desse serviço veio ao de cima quando da realização do último Censo da População e Habitação em que os agentes censitários destacados nas áreas mais recônditas do país ficaram privados do sinal de internet.
Há mesmo quem questione sobre os aumentos dos preços dos serviços de telefonia móvel e internet, quando era suposto que os mesmos deveriam baixar ou manter devido aos investimentos feitos no sector. Antes da entrada em funcionamento do satélite, convém recordar, que houve promessas nesse sentido.
Mesmo sabendo-se que os angolanos não têm colhido ou se colhem são poucos os benefícios do AngoSat-2, Mário de Oliveira anunciou a aquisição de mais um satélite, como se Angola andasse a nadar em rios de dinheiro quando, na realidade, vive de mão estendida ao crédito internacional, para não dizer à caridade alheia.
Se houvesse melhorias no serviço de internet muitos pontos de acesso à rede em todo o país não estariam inoperantes, mas teríamos esse serviço acessível e gratuito, sobretudo nos estabelecimentos de ensino e nos espaços públicos, visando a sua massificação.
Como Angola pode ter crescido, se a segunda maior operadora de telefonia móvel, mais concretamente a MOVICEL desapareceu sem deixar rasto e, no seu lugar, emergiu uma outra que ainda não convenceu?
Nesse encontro, Mário de Oliveira perdeu uma boa ocasião para explicar como os milhões de dólares desapareceram da MOVICEL, atirando milhares de trabalhadores e chefes de família para as sarjetas do desemprego.
Como Angola registou melhorias, se a UNITEL regrediu na qualidade do serviço prestado?
Será que Mário de Oliveira é um dos poucos “iluminados” angolanos que enxerga luz e progresso onde a maioria dos seus compatriotas observa opacidade e retrocesso?
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