Angola foi “ingratamente maltratada” por Portugal depois da ajuda com a crise económica de 2009



O ex-ministro de Estado, Carlos Feijó, entende que Angola foi “ingratamente maltratada” por Portugal depois de ter dado a “mão” ao país europeu que enfrentava uma recessão económica que foi desencadeada pela crise financeira global de 2008. 

 

O antigo governante fez estas declarações durante a terceira edição do ‘Doing Business Angola 2025’, uma iniciativa do Jornal Económico e da Forbes África Lusófona. 

Carlos Feijó diz que, num período em que Portugal enfrentava uma crise económica, Angola estava numa “posição muito privilegiada”, com a produção de petróleo a aproximar-se dos quase 2 milhões de barris por dia e o preço acima dos 100 dólares. O também académico lembrou que o antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, chegou a questioná-lo, durante a crise enfrentada por Portugal, se era tempo de “ajudar os portugueses”. Por sugestão de José Eduardo dos Santos, Carlos Feijó reuniu-se com várias figuras do governo português e Angola “decidiu dar a mão a Portugal”. “Depois de algum tempo, fomos ingratamente maltratados. Mas isso é outro tema. Houve aqui uma certa ingratidão que até hoje vimos a sofrer”. 



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Carlos Feijó entende que os investimentos que Angola realizou em Portugal tiveram dois objectivos essenciais, que passaram por proteger reservas em moeda forte no exterior do país e garantir investimentos em sectores estratégicos da economia em Portugal, como no sistema financeiro e na energia. “Durante algum tempo nós conseguimos. Essa realidade vem sendo alterada e a análise deveria ser outra, e não nesta conferência, de como isso foi abusivamente alterado e a alguma ingratidão em todo esse processo”, declarou. 

No evento, Carlos Feijó lembrou ainda que o estado da economia angolana actual também reorientou a política externa do país, que ficou nos últimos anos mais voltada para dentro. 

Durante o evento, sugeriu que os países que querem ajudar Angola a desenvolver-se deveriam pensar em como poderiam aumentar a capacidade dos angolanos de se auto-gerirem e propôs até a criação de um Banco Mundial e Fundo Monetário para a educação dos países. 

Valor Econômico


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