CAIU UM ELEFANTE POLÍTICO



Conheci o mano Diamantino Domingos Mussokola em 1992, na casa do movimento/partido, na Jamba, onde era um dos responsáveis do comité coordenador, na campanha eleitoral, de realçar que o mesmo trabalhou com todos os secretários gerais, desde Nzau Puna, Alicerces Mango, Eugénio Ngolo Manuvakola, Lukamba Gato, Vasco Vatuva, Kamalata Numa, Vitorino Nhany, Franco Marcolino Nhany e Álvaro Chikuamanga. Encontrei-lhe a distribuir camisolas de propaganda. Fui agraciado com umas. Os nossos caminhos cruzaram no liceu nacional da JAMBA, ele na qualidade de professor de educação cívica e política. Jovem alto, inteligente calmo e desiludido. Em 1994 fez parte do executivo saído da IV reunião mágna da UREAL e sempre ligado aos estudantes, disposto a resolver os problemas que nos apoquentavam, como injustiças nas notas, provas não realizadas (por causa da fome, havia sempre a necessidade de ir às lavras do Luyana ou na permuta, no Kuando).


Passamos a frequentar juntos a VORGAN, andando Kms e Kms, para assistir os jogos da selecção, jogos de apuramento para o CAN de 96 e jogos do CAN. Em 96 é convocado da JAMBA para o Bailundo com o fito de serem seleccionados para o exterior, para um curso de Protetor, acabando por não ir e posteriormente seleccionado para o curso ideológico no KANJAPÃO, onde saiu com a maior nota, 17 valores. Encontrei o mano Mussokola no Bailundo, já enquadrado no Comité coordenador, onde colocou a prova os seus dotes de exímio político e grande organizador de eventos partidários como: comícios, palestras com quadros, marchas de apoios e de repúdios, etc. Foi o mano Mussokola e posteriormente o meu primo Lindo Livulo, que impulsionaram-me a fazer política, querendo enquadrar-me nos seus respectivos organismos mas infelizmente, acabei por ficar no Secretariado da Juventude e Desporto, dirigido pelo falecido tio Tito Marcolino Nhany. De realçar que, foi na sua vigência como secretário do comité coordenador,   que o organismo teve mais vivacidade e serviu de apoio à resistência popular generalizada, mobilizando jovens para o combate, ( resistência popular generalizada), organizando caravanas da JURA para o transporte de alimentos  e material de guerra para frente de combate. 


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Com o mano Mussokola, os nossos caminhos voltaram a cruzar-se em Luanda na Comissão de Gestão, eu no Gab do coordenador e ele no gab dos assuntos políticos e partidários e posteriormente juntos no grupo de campanha do candidato Lucamba Gato, no IX Congresso, onde mais uma vez mostrou a sua veia política e mobilizadora. Como bom quadro e militante vertical manteve-se firme e trabalhamos juntos na formação de Quadros de 2003 à 2008, no mesmo período, participou nos "rasgos " para o interior em actos politicos, com intolerâncias a mistura. Muitas vezes coordenando equipas para dar respostas adequadas aos intolerantes, que lançavam pedras e com tiros a mistura. Ativo, intrépido, defensor da causa e compacivo com os outros, após o nosso redimensionamento foi quem esmerou-se para o nosso regresso à vida política, nas véspera das eleições de 2012, palmilhamos juntos Luanda e outras paragens do nosso belo e rico país. 


Para homens da sua estatura, trabalhador incansável, cometeste erros, porque só os comete que trabalha, mas os seus erros não suplantam a dimensão imensurável dos seus bons actos, cravados nos corações de cada um de nós. Nos ensinaste a trabalhar "não podes ser pesado", inculcaste em nós a 'organização como base da acção', o controlo: preliminar, de acompanhamento e retroactivo, como pressupostos do sucesso no trabalho político. Ensinaste-nos a defender o partido para que ele predure na história, a sacrossanta 'durabilidade histórica do partido'. Ensinaste-nos ser quadro que é servir e seguir a nossa UNITA, sendo também alavanca catapultadora e catalizadora da organização e nos constituir num sistema himunológico, de defesa, pilares da organização, impedindo intrusos e resistir à vendavais. Depois da morte do tio Eduardo Paulo, é mais uma oferenda, é o mano Mussokola que parte tão cedo, para tristeza nossa e dos demais que o foram queridos. Com a sua morte, perde a família, perde o partido e perde a pátria pela qual deste o seu melhor. É parte do esqueleto do partido que se vai.


Adeus mano, amigo e mestre, não partiste em vão,  vamos levantar vamos reter os seus ensinamentos e com os mesmos, continuaremos a combater, é abraço também, é assim que se faz a história. 

Onjo yetu ya sandoka.

Ondalu ya tenla.


Demetro Kokelu Tulumba


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