A igreja chora, Angola chora e a nossa aldeia de Kapingala, na Caála, perdeu um de seus melhores filhos Albino Cawosso- Dr. Pedro Muenho

 


Recentemente, estive em Luanda, onde tive a oportunidade de visitar e cultuar em diversas igrejas. Uma delas foi a do Km 30, no Ramiro, a convite do amigo Adilson, pastor da igreja. Durante a minha visita, tive a honra de pregar. Ao final do culto, um irmão se apresentou como Yano e me perguntou se o Ângelo Muenho que mencionei, meu pai, era o tio dele, já falecido, de nome Ângelo Muenho. Confirmando, iniciamos um momento de apresentação. O Mano Yano é filho da tia Isabel Chacupuca, irmã do tio pastor Cawosso.


Yano compartilhou que, em 2010, quando meu pai foi à Namíbia, acompanhado do tio Cawosso por questões de saúde, ele também teve a oportunidade de reencontrar seu tio, que não via há muito tempo. Meu pai sempre quis levar Yano para viver com ele após o casamento em 1990, realizado em Benguela.


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Neste mesmo mês de junho, liguei para o tio Cawosso para saudar e informar que conheci sua irmã, além de mencionar minha estadia em Luanda. Infelizmente, o número não passava. Após várias tentativas e mensagens no WhatsApp sem resposta, me foi informado que o tio estava doente.


O pastor Cawosso não era apenas um tio; ele tinha uma profunda ligação com minha família. Em 1983, ele e meu pai foram batizados no mesmo dia e entraram na pia batismal juntos. Após o batismo, meu pai foi ao seminário e um ano depois incentivou o primo-irmão a ir também ao seminário estudar teologia. O meu pai formou-se em 1987, enquanto o tio Cawosso se formou em 1988.


Meu pai frequentemente mencionava que existia professores nativos da aldeia, mas basicamente ele Ângelo Muenho, e Albino Cawosso, fazem parte dos primeiros quadros de uma aldeia onde todo mundo é parente.


Quando meu pai faleceu em 2017, nós, seus filhos, fizemos questão de que o tio Cawosso fosse o pastor oficiante do funeral.


Com uma oratória inigualável, Albino Cawosso deixou marcas indeléveis no adventismo em Angola. Foi um conferencista sem igual, poliglota, fluente em inglês, francês, umbundu e português. Cawosso serviu com zelo e compaixão à igreja em Angola, ocupando diversos cargos de direção e liderando vários distritos.


A igreja perdeu um líder, a família perdeu um pilar e nossa aldeia perdeu uma inspiração. Ele sempre nos motivou a lutar e a correr atrás dos nossos sonhos, mesmo nas dificuldades.


“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!” (Mateus 5:4)


“Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição.” (Apocalipse 21:4)

Pedro Muenho- Bacharel em teologia e Jornalista, mestre em jornalismo e RH, e doutor em Educação 


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