Em março deste ano, a ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, a Dra. Teresa Rodrigues Dias, anunciou que o Governo estava a preparar em curto prazo, ajustes na Protecção Social Obrigatória, garantindo melhorias nas pensões de todos os trabalhadores reformados. A promessa visava devolver algum poder de compra a quem, depois de décadas de serviço, vive hoje com parcos rendimentos.
Naquele momento, milhares de pensionistas sentiram um sopro de esperança. Afinal, depois de tanto sacrifício, alguém parecia finalmente reconhecer que a sobrevivência com uma pensão desajustada à realidade económica é uma forma de injustiça social.
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Meses depois: silêncio absoluto
Mas a verdade é que já passaram meses desde o anúncio, e nada mudou. Nem água vai, nem água vem. O custo de vida não espera, a inflação corrói os rendimentos e a saúde não dá tréguas. Muitos reformados vêem-se obrigados a gastar 100% da sua pensão em medicamentos, ficando sem meios para alimentação, transporte ou uma vida minimamente digna.
O silêncio do Governo chega a ser cruel, como se estivesse apenas à espera das certidões de óbito daqueles que sustentaram o país durante décadas. É como se a morte fosse o único alívio possível para as contas do Estado.
2027 não está longe
Engana-se quem pensa que os reformados são apenas um peso silencioso. Muitos sobreviverão até 2027, e não serão poucos, afinal são milhões. E quando chegar esse ano, os seus votos poderão pesar. Os que hoje são ignorados podem vir a ser determinantes na mudança e construção do amanhã.
A paciência dos pensionistas tem limites. Talvez falte apenas que, unidos, tomem as ruas e avenidas deste país para fazer ecoar o grito sufocado de quem deu o melhor de si e hoje recebe o mínimo em troca.
Uma questão de respeito nacional
Não se trata de pedir esmola. O que está em causa é respeito, justiça e dignidade. Uma nação que abandona os seus idosos abandona a sua própria memória e identidade. Ignorar os reformados é ignorar a história de Angola, escrita com suor, sacrifício e trabalho.
O Governo tem a obrigação moral e política de cumprir o que prometeu. Porque a dignidade não pode esperar indefinidamente.
A reforma chega a todos...
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