O antigo secretário-geral do MPLA e ex-primeiro-ministro de Angola, Marcolino Moco, usou as redes sociais para fazer uma análise crítica e contundente sobre os recentes acontecimentos que têm marcado o país. Na sua publicação, Moco denuncia a forma como setores pró-governo insistem em rotular como “vandalismo” os protestos populares, ignorando as causas profundas que motivam a revolta da população.
O ex-líder governamental chama a atenção para declarações chocantes do conhecido intelectual David Mendes, defensor do atual regime, que teria justificado como “acto normal de autodefesa” a morte de uma mulher baleada pelas forças policiais, num vídeo que revela até insinuações xenófobas contra a vítima. Para Marcolino Moco, tais posturas evocam memórias sombrias do passado político angolano, quando discursos semelhantes precederam duras repressões, como as que marcaram o país em 1977.
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Mais alarmante ainda, destaca o ex-primeiro-ministro, são os sinais que indicam a preparação de novos episódios de violência, fomentados por interesses obscuros. Ele lembra episódios passados, como o incêndio de um comité do MPLA e de um autocarro no bairro do Benfica, que teriam ocorrido sob a complacência das forças de segurança, supostamente para incriminar adversários políticos como a UNITA e o líder Adalberto Costa Júnior.
Marcolino Moco também levanta questões sobre as denúncias graves feitas pelo ex-agente dos Serviços Secretos, Dr. Miguel Ângelo, envolvendo o General Miala, figura chave nos círculos de inteligência do país. Segundo Moco, tais denúncias não receberam a devida atenção e devem ser motivo de investigação urgente, sobretudo em meio ao clima de tensão política que se avizinha com as eleições de 2027.
O ex-governante conclama as instituições do Estado, a Presidência da República, partidos políticos, igrejas e sociedade civil a exigirem transparência e esclarecimentos. “Estamos diante de uma situação em que medidas governamentais duras recaem sobre uma população já profundamente carente, enquanto se vêem reações contraditórias que levantam dúvidas sobre os verdadeiros motivos por trás dos acontecimentos”, alerta.
Para Marcolino Moco, a morte do Estado de Direito angolano pode estar se consumando, sendo o verdadeiro “vandalismo” a manipulação política que ameaça o futuro democrático do país.
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