A PALHAÇADA DAS MEDALHAS E O ÓDIO contra OS PRÓPRIOS FILHOS : MOXICO ESQUECIDO OUTRA VEZ- Nelson Mucazo Euclides



O que deveria ser uma festa nacional de reconhecimento e orgulho, a celebração dos 50 anos da independência de Angola, acabou, no Moxico, por se transformar num espetáculo político sem alma, marcado por esquecimentos imperdoáveis, má-fé e desvalorização dos verdadeiros filhos da terra.

A distribuição das condecorações, que devia homenagear com justiça os que realmente contribuíram para a história, a resistência e o desenvolvimento da província, tornou-se num verdadeiro desfile de interesses, de exclusões vergonhosas e de favores políticos.

Quem fez aquela lista? Com que critérios? Com que moral?

Como se pode falar de justiça ou de reconhecimento e deixar de fora nomes incontornáveis como Adriana Sofia Cacuassa Bento, Eduardo Mucazo, Frederico Lucas, Cabango, César, Benjamim Afonso, o histórico livreiro senhor Brandão, mais velho Cacoma, Mukwenda, senhor Neca, Dom Baby, Richa, mais velho Leonel, os falecidos Satchata e Miúdo, Servino, mais velho Tchilamuina, mais velho Ronda, ou Kalunga, um dos melhores professores do  EX-IMAG. 


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E o Dom Tirso Blanco? O homem que não era do Moxico por nascimento, mas foi mais filho desta terra do que muitos. Como se esquece alguém que viveu e morreu por este povo?

Até jovens que carregam hoje a esperança da província foram ignorados. Enquanto noutras províncias até kuduristas foram homenageados, no Moxico, muitos nomes  que têm mantido viva a chama da juventude e do progresso, foram apagados de propósito.

Essa atitude não é descuido. É ódio. É medo. É inveja.

Parece que o Moxico ainda é o CESTO DE CARANGUEJOS , onde se puxa para baixo quem tenta subir. E quem mais deveria proteger, reconhecer e apoiar os seus, não são do Moxico, nem sentem o Moxico. Por isso não têm amor nem visão por esta terra.

Se figuras como Cacuassa são esquecidas, qual é a esperança para os jovens de hoje?

A nova geração está a ser alimentada por um veneno silencioso: a desvalorização sistemática de quem ousa ser diferente, trabalhar e resistir.

Preferem aplaudir o estranho e combater o próprio irmão.

Sejamos sinceros: senhor Muangala e senhor Liberdade, falharam. 

O vosso silêncio, vossa omissão e falta de coragem contribuíram para que esta juventude continue afastada dos centros de decisão e influência do país. 

Vocês estão a matar, lentamente, o futuro da nossa região.

O tempo não perdoa. A história vai vos julgar. E talvez, num futuro próximo, ninguém queira lembrar dos vossos nomes.

Porque, infelizmente, o que estão a fazer ao Moxico é imperdoável.


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