O show comemorativo dos 50 anos de Independência de Angola, organizado pela LS Republicano e pela Arca Velha, está gerando polêmica não apenas pela exclusão de diversos artistas locais, mas também pela questão dos altos custos envolvidos. Investigações do site Lil Pasta News revelam que os cachês dos músicos contratados para o evento variam entre 500 mil e 2 milhões de kwanzas, mas a quantia total paga pelo governo angolano para realizar esta atividade permanece um mistério.
Artistas excluídos do evento expressam descontentamento, argumentando que a escolha dos músicos se baseou em relações pessoais dos organizadores, em vez de um critério que beneficiasse a diversidade cultural do país. "O governo é dono do dinheiro e deveria exigir que fossem incluídos diversos músicos de cada província, para que o show tivesse um caráter verdadeiramente nacional", lamentou um artista que preferiu permanecer anônimo.
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As críticas não se limitam à escolha dos artistas. Muitos cidadãos questionam a prioridade dada a eventos de entretenimento em um contexto onde as necessidades básicas, como alimentação, ainda não estão sendo atendidas. "Estamos com fome e não queremos ouvir música", desabafou um morador, refletindo o sentimento de frustração que permeia a população.
Tentativas de contato com os responsáveis pela LS Republicano e pela Arca Velha para obter informações sobre o orçamento geral das atividades e os valores exatos envolvidos não tiveram sucesso, uma vez que ninguém atendeu às ligações.
A polêmica em torno do evento levanta questões sobre a transparência na gestão de recursos públicos e a responsabilidade do governo em garantir que as celebrações sejam inclusivas e representativas da diversidade cultural angolana. Enquanto isso, a população continua a aguardar respostas sobre os milhões de dólares que supostamente foram investidos nessa atividade.
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