Assisti a um vídeo de um DJ e criador de conteúdo que me deixou profundamente preocupado com o crescente nível de intolerância religiosa em Angola. O que me inquieta ainda mais é a forma como muitos minimizam falas que vão de encontro à Constituição do nosso país. É necessário refletir sobre isso com seriedade.
A Constituição angolana, em seu artigo 23, proíbe a exclusão e a privação de qualquer direito com base em religião, raça, cor ou etnia. Além disso, o artigo 10 reafirma que o Estado é laico e respeita as diferentes confissões religiosas, assim como seus lugares de culto, desde que não atentem contra a ordem pública. Portanto, é inaceitável que figuras públicas, autodenominadas influenciadores, propaguem discursos que desrespeitam essa laicidade e promovem a intolerância religiosa.
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A base fundamental de uma igreja é a Bíblia, e os adventistas do sétimo dia a consideram sua regra de fé. Eles pregam os ensinamentos da Bíblia de Gênesis a Apocalipse, conforme 2 Timóteo 3:16-17. Os adventistas não criaram regras próprias, mas fundamentam sua crença na ideia de que Deus separou um dia, o sábado, para que dedicássemos a Ele. Gênesis 2:2-3 relata que Deus descansou no sétimo dia, abençoando e santificando-o. A Bíblia não deixa espaço para discussões sobre isso.
A importância do sábado é ainda mais evidente em Êxodo 20:8-11, onde é ordenado que o dia de sábado seja santificado. Este mandamento não é um mero detalhe; é uma instrução divina que deve ser respeitada. O sábado é um dia em que Deus nos convida a estar com Ele, em vez de apenas convidarmos a Ele para estar conosco em nossas rotinas.
A salvação, conforme Efésios 2:8, é um dom de Deus, e a obediência aos mandamentos é um fruto dessa salvação. A obediência não é uma imposição, mas uma demonstração de amor e fidelidade a Deus. O sábado, muitas vezes esquecido, é tão importante quanto os demais mandamentos. Instituído na criação, ele nos oferece a oportunidade de desfrutar das bênçãos que Deus estabeleceu para nós.
É imprescindível que os departamentos de liberdade religiosa das igrejas atuem de forma mais proativa nas escolas, empresas e na sociedade em geral. A legislação deve ser respeitada para que ninguém sofra discriminação por sua fé. No Brasil, a Lei 13.796/2019 assegura o direito dos alunos de faltarem a aulas por motivos religiosos. Essa é uma prática que deveria ser adotada em outros países, como Angola.
Como diz a Bíblia, "meu povo se perde por falta de conhecimento." É essencial que promovamos uma cultura de respeito e compreensão entre as diversas crenças. Que possamos, como sociedade, nos unir contra a intolerância e construir um ambiente onde todos possam praticar sua fé livremente. A mensagem é clara: "Pai, perdoa o jovem, pois ele não sabe o que fala." Mas, para isso, precisamos todos refletir e agir.
Pedro Muenho- Jornalista
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