O Governo anunciou, sexta-feira, em Camanongue, província do Moxico, a entrada na Campanha Agrícola 2025/2026 do projecto “Nosso Grão”, que vai reforçar a aposta interna na produção de arroz e trigo.
Os números mais recentes indicaram uma importação anual necessária de 500 mil toneladas de arroz, contra uma “ainda assim encorajadora” produção nacional de 25 mil toneladas do cereal, insuficientes para evitar o desembolso para compras ao exterior de 295 milhões de dólares.
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Face ao quadro actual e considerando as perspectivas previstas no Plano Nacional de Grãos (PLANAGRÃO), o Entreposto Aduaneiro de Angola, gestor da Reserva Estratégica Alimentar (REA) vai implementar o “Nosso Grão” em seis (6) províncias, segundo o ministro de Estado para a Coordenação Económica.
José de Lima Massano, na intervenção de abertura do Ano Agrícola, sexta-feira, no Moxico, citou as províncias do Uíge, Malanje, Bié, Huambo, Moxico e Moxico-Leste.
“É uma nova frente de dinamização produtiva e vamos iniciar nas províncias do Uíge, Malanje, Bié, Huambo, Moxico e Moxico-Leste e, posteriormente, alargar para outras regiões do país também com potencial nestas culturas e, como referido, essencialmente, com o envolvimento de produtores familiares, preferencialmente associados em cooperativas agrícolas”, disse.
Dados referenciados avançaram que, na Campanha Agrícola 2024–2025, Angola aumentou a produção em 8,5%, atingindo mais de 30,5 milhões de toneladas de produtos diversos. Destacam-se 3,7 milhões de toneladas de cereais, um acréscimo de mais de 250 mil toneladas em relação ao período anterior.
O líder da Equipa Económica do Governo disse que o aumento da produção está também a ter um impacto positivo noutros sectores da economia, nomeadamente na Indústria Alimentar, onde se verificou o crescimento de cerca de 60% no processamento de alimentos nos últimos 12 meses, um dos níveis mais altos de que se tem registo, prova dos resultados das medidas adoptadas.
“Está a promover o investimento em novas unidades de processamento e a reactivação de unidades fabris que se encontravam paralisadas. Exemplos são a entrada em funcionamento da fábrica de processamento de tomate do Dombe Grande, prevista ainda para este ano e, em 2026, as de Moçâmedes e Caxito”, afirmou.
Conforme indicou no início da sua intervenção, o sector Agrícola é das principais molas impulsionadoras da nossa economia. Actualmente, a agricultura representa cerca de 19% de toda a produção nacional, contra 13% em 2017, crescendo a uma taxa média anual de 6% e é também a actividade produtiva que engaja o maior número de famílias angolanas, cerca de 3,2 milhões.
Ao terminar, José de Lima Massano citou o Presidente João Lourenço, na intervenção de abertura da Sessão do Conselho da República, de 21 de Agosto de 2024, ocasião em que afirmou: “se estivermos determinados, com objectivos e metas bem definidas e o Executivo, empresários, famílias camponesas e comerciantes juntarem as mãos para a causa comum do combate à fome e à pobreza, do aumento da produção interna de bens alimentares, sairemos vitoriosos”.
Economia & Finanças
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