A saída de Adão Francisco Correia de Almeida do Executivo foi marcada por um gesto pouco comum: o próprio dirigente teve prioridade para indicar quem o deveria substituir no cargo de Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República.
A decisão foi tomada após a reunião do Bureau Político do MPLA, na qual se definiu a transferência de Adão de Almeida para o Parlamento, onde deverá assumir a presidência da Assembleia Nacional, em substituição de Carolina Cerqueira. A saída de Cerqueira é atribuída a um alegado desalinhamento com a agenda política do Presidente João Lourenço.
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Adão de Almeida propôs ao Chefe de Estado a nomeação de Dionísio Manuel da Fonseca, então Ministro da Administração do Território, para ocupar o seu lugar na Casa Civil. A proposta foi aceite, e nesta sexta-feira, 14, João Lourenço tornou públicos os decretos presidenciais que oficializam a nomeação de Dionísio Fonseca para o cargo.
Para preencher a vaga deixada por Fonseca, o Presidente nomeou Daniel Félix Neto, até então Governador da província da Lunda Sul, como novo Ministro da Administração do Território.
Segundo fontes próximas ao processo, os membros do Bureau Político foram notificados da reunião extraordinária no dia 11 de Novembro. Ao entrarem na sala, receberam um documento com apenas dois pontos a serem discutidos: a substituição da Presidente da Assembleia Nacional e o reforço do apoio às estratégias do líder para o desenvolvimento do país. Carolina Cerqueira terá sido apanhada de surpresa com a decisão, que foi mantida em sigilo até ao momento da reunião.
Após o encontro, João Lourenço reuniu-se com os membros do Bureau Político e concedeu a Adão de Almeida a oportunidade de indicar o nome do seu sucessor no Executivo, consolidando assim uma transição política cuidadosamente orquestrada.
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