Messimania- Sousa Jamba


Devo ser perdoado por, talvez, nada saber de futebol; ainda assim, sinto que devo dizer uma palavra de apreço à jovem seleção nacional, que soube resistir à Argentina, apesar de, pelo que fui percebendo, todo o estádio, em Angola, parecer ter-se transformado numa extensão da claque argentina e, sobretudo, de Messi. Um dos jogadores argentinos, no fim do jogo, confessou a surpresa por ver um estádio inteiro, em território angolano, a torcer por ele e pela sua equipa; e é fácil imaginar o que significa entrar em campo no próprio país e perceber que os compatriotas, em peso, parecem apoiar a outra seleção. Nestas circunstâncias, cada passe pesa mais, cada erro dói em dobro.


Ficou-me a impressão de que Angola foi tratada quase como uma equipa de treino, um mero pretexto para que os argentinos brilhassem diante de um público fascinado, e que o entusiasmo da assistência se dirigia, quase em exclusivo, à equipa visitante. Julgo que os nossos rapazes mereciam um apoio mais caloroso, mais intenso, um apoio que reconhecesse a dignidade com que se bateram. 


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Todos nos lembramos de quando os Camarões venceram a Argentina por 1–0, em 1990, em Itália: eram os azarões, tinham contra si a história e a reputação, e ainda assim beneficiaram de um apoio imenso nas bancadas; esse calor anónimo do público ajudou gigantes como Roger Milla a transformar um jogo de estreia num momento de epopeia. Penso no que teria acontecido, por exemplo, se aquele célebre encontro em que os Camarões derrotaram a Argentina tivesse sido disputado em Yaoundé e, em lugar de se erguer em uníssono pela sua própria seleção, o estádio inteiro se tivesse posto a aclamar Maradona e a máquina argentina; teria sido, creio, infinitamente mais difícil para Roger Milla e para os seus companheiros oferecerem ao continente a alegria imensa que, naquela ocasião, nos deram.


Se, ao tentar falar destas coisas, cometi imprecisões ou injustiças, peço desde já indulgência: sei quase nada de futebol; limito-me a olhar, com alguma ternura, para o esforço daqueles que jogam em nosso nome.


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