Homem de confiança de Sissoco é o novo primeiro-ministro

 


O Governo de transição escolheu o diretor de campanha e ex-ministro das Finanças do Governo de Sissoco como primeiro-ministro e ministro das Finanças. Ilídio Vieira Té era homem de confiança do Presidente cessante.


O Gabinete de Comunicação e Relações Públicas da Presidência da República da Guiné-Bissau informou esta sexta-feira (28.11) que Ilídio Vieira Té foi nomeado primeiro-ministro e ministro das Finanças, por decreto presidencial.

Té foi ministro das Finanças do Governo de Umaro Sissoco Embalo e seu diretor de campanha eleitoral.

A Guiné-Bissau foi palco de um aparente golpe de Estado (https://www.dw.com/pt-002/bissau-povo-n%C3%A3o-vai-permitir-que-inventona-prossiga/a-74912928) na quarta-feira (26.11). O Presidente cessante, Umaro Sissoco Embaló, foi levado para Amura, quartel-general, pelos militares e o processo eleitoral, já na reta final, interrompido. 


Intentona ou inventona?

Na sequência, o país passou a ser liderado por um Presidente de Transição, também da confiança do Presidente cessante supostamente deposto. Enquanto isso, Sissoco deixou hoje Bissau com destino a Dakar, Senegal. A saída terá sido sob forte escolta militar, conforme imagens amplamente partilhadas nas redes sociais.  

No contexto da suposta intentona, o maior rival de Sissoco, Domingos Simões Pereira (https://www.dw.com/pt-002/confirmada-a-deten%C3%A7%C3%A3o-de-domingos-sim%C3%B5es-pereira-na-guin%C3%A9-bissau/a-74913807) e outros políticos foram detidos. Esta sexta-feira (28.11), as autoridades militares terão ordenado a soltura, porém a ordem teria sido anulada. Os familiares de Pereira exigem a libertação de todos e apelam a intervenção da comunidade internacional.

Na Guiné-Bissau predominam fortes desconfianças de que o golpe de Estado tenha sido apenas um teatro orquestrado pelo Presidente cessante para anular as aleições (https://www.dw.com/pt-002/golpe-de-estado-ou-encena%C3%A7%C3%A3o-para-anular-as-elei%C3%A7%C3%B5es/a-74912611). Sissoco, ainda que nas mãos dos militares, tinha acesso ao telemóvel e dava entrevistas aos órgãos de comunicação estrangeiros, facto que acirrou as suspeitas populares.


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