A nossa Isaura é uma das mais jovens e recém-eleitas para a Comissão Política saída do XIV Congresso da UNITA. A Isaura tem uma história de luta. Nasceu na África do Sul no início da década de 1990, viveu na guerrilha, caminhando pelas matas do leste do país e alimentando-se de mel quando aparecesse.
No início de 2002, os guardas que cuidavam dela e dos irmãos mais novos levaram-nos do Moxico para a Zâmbia, mas, sem se aperceberem, acabaram perdidos no Cuando Cubango. O seu pai seria morto pelas FAA neste mesmo ano, mas ela só soube meses depois, pois continuava perdida nas matas.
Os irmãos mais velhos, em Luanda ou no exterior de Angola, julgavam que ela e o irmãs mais novos, então com cerca de 9 e 5 anos, teriam sido devorados por animais na selva. Os guardas que os acompanhavam acabaram por abandoná-los nas matas. Por sorte, Isaura reapareceu em outubro de 2002 e foi levada para Luanda, onde reencontrou os familiares.
Saída do anonimato, esta antiga “criança-guerrilheira” viu-se incentivada a aderir à política nos últimos anos, tendo agora sido escolhida pelo mais importante órgão de decisão do partido — o mesmo de que a sua mãe, Ana Isabel Savimbi, também fez parte no passado.
Congrats, Tanguinha!
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