O PREOCUPANTE SILÊNCIO CÚMPLICE DOS 'BONS'



Oiço e leio vários comentários condenando a postura interventiva do general Pakas, filho do falecido nacionalista Mendes de Carvalho que conheci bem e com quem privei por muitos anos, em encontros sabatinos com outros mais velhos, no Bairro Popular, em casa de outro nacionalista, Jaime de Sousa Araújo, que foi presidente da Liga Nacional Africana. Como as coisas andam e depois de vermos como Nandó terminou o seu percurso, acho que quem está mal em Angola não é quem, como o general Pakas, exerce na plenitude, os seus direitos e a sua liberdade de pensamento e de opinião, e fala sem contemplações, mas o silêncio de todos aqueles que, podendo dar igualmente o seu contributo para a mudança, se remetem ao silêncio tumular, cúmplice ou até cobarde, para não perder mordomias, que as vezes até nem recebem. Lançar cá para fora os encantos e desencantos, é uma terapia importante para a saúde mental e o prolongamento da vida, mas também factor fundamental para impulsionar a mudança. O silêncio só tem favorecido os "maus", e sobretudo aquele que só pensa nele.


Por favor, falem. Bem ou mal, falem. A falar também servem Angola. Se não se sentem capazes de falar, escrevam. Se não sentem estímulo para escrever, desabafem com quem pode escrever. Não morram no silêncio e sobretudo, como vítimas de quem até ajudaram a ter voz e poder. O silêncio também constitui traição e é causa de morte com sofrimento.

Ramiro Aleixo

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