Pedro Godinho, presidente da Câmara de Comércio EUA-Angola, foi o convidado da "Grande Entrevista" da Televisão Pública de Angola, onde discutiu a situação socioeconômica de Angola e do continente africano, além de apresentar sua mais recente obra literária.
Durante a entrevista, Godinho destacou uma mudança significativa nas prioridades da sua organização. Ele enfatizou que, em vez de patrocinar concursos de beleza e eventos de entretenimento, a Câmara de Comércio agora investe em iniciativas que beneficiam a juventude, oferecendo bolsas de estudo integralmente financiadas nas melhores universidades do mundo para jovens talentosos.
“Para que a nossa economia funcione de forma sustentável, é crucial investir na formação e em setores-chave. Somente assim atingiremos os patamares de desenvolvimento de países respeitados globalmente, como os Emirados Árabes”, comentou Godinho.
O papel da língua inglesa também foi enfatizado. Godinho ressaltou que as bolsas de estudo são acompanhadas de incentivos para que os jovens se aprofundem no aprendizado da língua, essencial para o mercado global.
Entretanto, o empresário não escondeu sua preocupação com o ambiente de negócios em Angola e na África. Recordou um episódio de 2018, quando o homem mais rico do continente africano foi impedido de entrar na África do Sul, questionando como isso ainda acontece. “Às vezes, nossas políticas se tornam um obstáculo ao desenvolvimento”, apontou.
Godinho ressaltou que o respeito internacional só virá quando a economia e o PIB de Angola forem capazes de falar por si mesmos. Ele lembrou do período entre 2008 e 2014, quando muitos portugueses imigraram para Angola em busca de oportunidades, atraídos por uma economia promissora.
Ao final da entrevista, Godinho falou sobre sua autobiografia, "Desistir Não é Opção", onde compartilha os desafios que enfrentou e oferece dicas sobre como superá-los, motivando outros a não desistirem de seus sonhos.
Esta declaração robusta de Pedro Godinho sublinha não apenas a necessidade de investimento em educação e desenvolvimento juvenil, mas também a urgência de reformar as políticas que dificultam o progresso econômico de Angola e da África como um todo.
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