Só em 2010 o governo angolano gastava 100 milhões de dólares anual para pagar o salário de mais de 50 mil Sobas existentes no país

Considerado por muitos como o «pai» da CRA Atípica que conferiu largos poderes, quase que discricionários a José Eduardo dos Santos, Carlos Feijó (CF) diz, com alguma surpresa, que é «contra a politização dos sobas», porque, segundo ele, muitos deles foram indicados «sem a observância nem legitimidade do direito consuetudinário».
Numa de quer sacudir a «água do capote», recordou que, em 2010, enquanto exerceu o cargo de ministro de Estado, o país «gastava cerca de 100 milhões de dólares do Orçamento Geral do Estado para as autoridades tradicionais».
Se ele saiba que o dinheiro de todos nós estava a ser malbaratado, a cair em bolsos impróprios, por que não agiu para inverter o quadro? Só agora é que ele deu conta que o dinheiro estava a alimentar uma turba de parasitas, provavelmente, arregimentados no âmbito das estratégias eleitorais, nas quais, o próprio Carlos Feijó não estará, certamente, alheio.

Por: Ilidio Manuel

Postar um comentário

0 Comentários