A jornalista e presidente da Comissão da Carteira, disse que várias informações da UNITA, ou seja, militantes da UNITA agrediram jornalistas em Luanda. De seguida, viralizou nas redes a foto de um jornalista agredido. Uma pesquisa básica atestou que a imagem foi manipulada. A foto é de um jornalista guineense e não do profissional angolano agredido. Esses dois factos, relacionados por fazerem parte do mesmo “enredo”, estão a agitar as redes. Em meu entender, um não anula a gravidade do outro. Muita gente, sobretudo políticos, militantes e simpatizantes de partidos da oposição aplaudem a acção musculada devido ao tratamento parcial que a TV Zimbo tem dado à UNITA nos seus espaços noticiosos. Atribuem a manipulação de imagens ao MPLA com o fim de “sensibilizar” a opinião pública. Não me espanta nem um pouco a atitude de alguns políticos.
É por isso que são políticos. Quer dizer, praticantes de um “ofício” onde, vezes sem conta, o vale tudo e uma visão distorcida de ética se sobrepõem a tudo. Reagir, contrapor, tentar tirar vantagens de tudo e quase nunca reconhecer erros é algo comum entre políticos. Não me espanto! Contudo, vejo com tristeza muitos jornalistas a tentarem justificar o indefensável. Jornalistas que deviam ser imparciais porque contestam, com razão, a parcialidade e outras más práticas atribuídas à profissionais, estão exultantes com a agressão do momento.
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Isso só mostra quão dividida está a nossa classe. Sem reticências, aspas ou meio-termos condeno qualquer agressão contra jornalistas, não importam os órgãos. Sinto-me igualmente ofendida. Um partido que aspira ao poder legitimado pelo voto, e assume postura de Estado, devia compreender que não é com porradas que vai mudar o que está mal. Há, obviamente, problemas gravíssimos na nossa mídia. Temos que reconhecer, discutir e ter coragem de dar nome aos bois. Mas, reitero, sancionar fisicamente jornalistas não vai alterar o mau desempenho dos órgãos para os quais trabalham. Essa solução não devia ser equacionada para mudar a realidade. Principalmente por parte de quem se afirma defensor da democracia e das inegociáveis liberdades.
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