MAIS DE CINCO MILHÕES DE ANGOLANOS SOFREM DE MALNUTRIÇÃO



Pelo menos 5,7 milhões de angolanos, dos 33 milhões de habitantes no país, sofrem de subalimentação, revelou na quinta-feira, 16, o secretário de Estado para as Florestas, André de Jesus Moda.


Este quadro actual de subalimentação no país é motivado pelos efeitos das alterações climáticas (seca e inundações), choques económicos, elevado nível de desemprego e êxodo rural, justificou o responsável no workshop de encerramento dos diálogos nacional sobre os Sistemas Alimentares e Consulta Pública.



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Estão ainda na causa deste número de cidadãos atingidos pela subalimentação, perdas de produções durante e pós-colheitas e pós-capturas de pescado, pragas, doenças e, por último, o surgimento da pandemia da Covid-19, acrescentou o interlocutor.


André Moda fez saber também que 38 por cento de crianças menores de cinco anos em Angola padecem de malnutrição crónica, o que significa ser necessário redobrar os esforços conducentes à erradicação da fome.


 O secretário de Estado para Florestas disse que, para inverter o quadro em Angola no país, o Governo angolano e a coordenação das Organizações das Nações Unida(ONU), no país, realizaram, no período de 6 de Junho a  13 Agosto deste ano, o Diálogo Nacional sobre os Sistemas Alimentares e Consultas Públicas da 2ª Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (ENSAN II Angola 2030).


Com esse trabalho de recolha de opinião a nível do país, o responsável sublinhou que vai permitir afinar e direccionar as acções concreta do Governo no combate à fome, que exige esforço multidimensional para formulação de políticas públicas que provam a disponibilidade, acesso e o consumo de alimentos saudáveis e de qualidade.


A coordenadora residente das Organizações das Nações Unida (ONU), Zahira Virani, disse que a realização da ENSAN II mostra a grande preocupação do Governo angolano no combate à fome e consequentemente à segurança alimentar.


As agências da ONU em Angola vão continuar a trabalhar alinhado com o Governo nas questões da malnutrição e subalimentação, com intuito de proporcionar melhorias para alimentação saudável e de qualidade da população.


Lembrou que garantia da segurança alimentar é uma luta mundial nos dias de hoje e com a Covid-19 a situação tem tomado caminhos que exigem maior acção dos governos.


Resultados do ENSAN II


A ENSAN II está alinhada com o Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, com as metas de Estratégia de Desenvolvimento a longo prazo para Angola em 2025 -actualmente a ser revisto para cobrir o horizonte de 2050, e agenda 2063 da União Africana.


As consultas públicas no ENSAN II decorreram de modo presencial e virtual (internet), abrangendo as quatro regiões do país (Norte, Leste, Centro e Sul) no período de 06 de Junho a 13 Agosto deste ano.


Participou das consultas públicas um total de 443 pessoas, com idades compreendidas entre os 30 e 50 anos.


As abordagens e contribuições recolhidas foram a volta de florestas, agricultura, pecuária, pesca e aquicultura, da segurança alimentar e dos serviços de saúde no sistema alimentar e nutricional.


Por meio das consultas traçou-se quatro metas: I - Estabelecimento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, com coordenação a nível nacional e local, II - Aceleração no cumprimento das Declaração de Malabo sobre Programas Alargado para o Desenvolvimento da Agricultura em África, III - Promover e proteger a utilização e consumo de alimentos diversificados locais, regionais e tradicional e a IV - Promover e incluir a investigação e inovação como apoio à transformação de sistemas alimentares, tornando-os sustentáveis e resiliente.



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