Ou porque são cínicos (o que é muito provável), ou porque não têm a menor noção do passado recente de África (outra probabilidade muito séria), o facto é que os “tontons macoutes” que escrevem nas redes sociais o que poderiam ser ”teses de doutoramento” – por causa da sua extensão e não por outra razão - contra o golpe de Estado ocorrido recentemente na Guiné-Conackry fingem ignorar que o actual Presidente da República do Congo, Denis Sassou Nguesso, regressou ao poder em 1997 por via de um golpe de força apoiado por Angola.
Sim, Denis Sassou Nguesso, que hoje é recebido com deferência em Luanda e noutras capitais africanas, é tão golpista quanto o militar que depôs o outro golpista Alpha Condé.
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Não há memória que o Ministério das Relações Exteriores tivesse manifestado alguma indignação pela forma como Pascal Lissouba, democraticamente eleito Presidente do Congo, foi afastado do poder.
Com essa duplicidade de critérios, o MIREX mostra que divide os golpistas em bons e maus.
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