O homem que geria o banco do MPLA (vai gerir as empresas do MPLA)



Ascensão do segundo maior accionista e antigo chairman do Banco Sol para liderar a holding do partido no poder obedece a cálculos e interesses empresariais do sucessor de José Eduardo dos Santos

Accionista de referência e antigo presidente do Conselho de Administração do Banco Sol, Coutinho Nobre Miguel é o nome indicado pelo presidente do MPLA, João Lourenço, para substituir o general Mário António de Sequeira e Carvalho na liderança da Sociedade de Gestão e Participações Financeiras (GEFI), a holding que controla o universo empresarial do partido no poder.

Segundo uma notícia avançada esta terça-feira pelo Correio da Kianda, e confirmada por várias fontes consultadas pel’O Telegrama, o antigo secretário para informação do MPLA deixa, assim, o cargo ao fim de duas décadas à frente do gigante empresarial, que detém participações em todos os sectores da actividade económica e financeira, que vão desde a banca, aviação, hotelaria e turismo, comunicação social, comércio, indústria, cervejeira, imobiliária, publicidade à construção civil e não só.



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Os interesses empresariais do MPLA estendem-se ainda em paraísos fiscais, como em Panamá, de acordo com uma investigação do Maka Angola.

O homem que passou a “controlar” as acções do chefe




Apesar do afastamento de Mário António atribuir-se, alegadamente, a factos que apontam para má gestão e se ter furtado à apresentação de relatórios e contas do grupo, dados compulsados pel’O Telegrama indicam que a mudança no topo da GEFI obedece a cálculos e interesses empresariais do líder do partido.

De acordo com a cronologia dos factos, em 2017 uma investigação do jornal português Expresso, conduzida pelo jornalista Nelson Francisco Sul, actual director  d’O Telegrama, revelava que, quando faltavam quatro meses para as eleições gerais, João Lourenço deixou de fazer parte da estrutura accionista do Banco Sol, colocando as suas acções em nome de uma sociedade anónima, denominada AZURY- Serviços de Consultoria, SA, sendo que os subscritores da referida sociedade eram, na altura, funcionários do advogado Carlos Maria Feijó, antigo ministro de Estado e Chefe da Casa Civil na presidência de José Eduardo dos Santos.

Ao Expresso, Coutinho Nobre Miguel argumentou que “o acionista (Presidente da República) decidiu alienar as suas participações em nome da empresa Azury, porque os demais acionistas prescindiram do direito de preferência”, sem avançar mais pormenores, assegurando que tinham sido “cumpridos todos os procedimentos legais e que tiveram o aval do Banco Nacional de Angola (BNA)”, à época dirigida por Valter Filipe.

Entretanto, dois anos depois, isto em 2019, a participação financeira (5,42%) que João Lourenço havia colocado em nome de testas de ferro associados à Carlos Feijó, actual membro do Bureau Político do MPLA, acabaram por ser transferidas para Coutinho Nobre Miguel, saindo de 3,91% para 12,24%, passando, agora, à posição de segundo accionista do banco. Para isso, teve que adquirir outros 2,91%, que estavam em nome de accionistas que não estão identificados no informe financeiro e de gestão do banco.


O Telegrama 


          𝐉𝐮𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐒𝐨𝐦𝐨𝐬 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐒𝐞𝐠𝐮𝐫𝐚𝐧𝐜̧𝐚 𝐒𝐨𝐜𝐢𝐚𝐥




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