Segundo um informe disponível nas redes sociais, alguns militantes da Unita, desfardados de sociedade civil adstritos ao Município de Cacuaco reivindicam habitações meses depois de Adalberto da Costa Júnior, ter proferido um discurso em Benguela onde em tom alto acusou o CNJ, de estar a comprar consciência dos jovens em troca de habitações.
Acto anterior, o actual Secretário Geral do braço juvenil da Unita, Nelito Ekuikui, anunciou de forma informal a saída daquela agremiação juvenil (Jura), do CNJ, sem motivos aparentemente qualificados, uma medida que foi apreciada pela sociedade em geral como sendo impopular e perigosa, cujo o objectivo visa quartar os jovens do acesso às políticas públicas gizadas pelo executivo e com isso aumentar os níveis de insatisfação.
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O imbróglio envolvendo o Conselho Municipal de Juventude de Cacuaco e os supostos jovens membros da sociedade civil, ocorreu pelo facto da JURA estar orientada em toda sua extensão a não receber qualquer contemplação de habitações destinadas aos jovens à luz do Decreto Presidencial 278/20 de 26 de outubro, que atribui 20% das habitações construídas com fundos públicos ao jovens.
No dia 12 de Agosto, dia Internacional da Juventude, Isaías Kalunga, Presidente do Conselho Nacional de Juventude, proferiu um discurso na Província do Cuanza Sul concretamente no Município da Quibala, onde exortou os jovens ao não deixarem-se instrumentalizar por políticos cujo o principal objectivo é o poder.
Isaías Kalunga, no seu estilo peculiar apelou os jovens a correrem atrás dos seus sonhos sobretudo no capítulo da formação, habitação, emprego e reiterou a necessidade dos mesmos continuarem a preservar a paz, o respeito pelos Órgãos de Soberania e pelos Símbolos Nacionais.
Na sequência do apelo de IK, alguns Jovens da Unita sabendo que por via da JURA não será possível beneficiarem-se de habitações construídas com fundos públicos por conta da orientação de Adalberto Costa Júnior e Nelito Ekuikui, encontraram a chantagem emocional ao CNJ como a saída airosa.
No entendimento geral, o projecto Maye Maye é um conjunto de fogos habitacionais para realojamento de grupos específicos sobretudo aquelas famílias em situação de alta vulnerabilidade. Fruto da nossa investigação concluímos que, os jovens que pretendem o acesso às habitações construídas com fundos públicos, poderão fazê-lo através dos meandros legais nas modalidades de renda resolúvel, aluguer ao Estado, crédito bancário ou compra directa.
Pelos vistos enquanto o ACJ e os seus rapazes continuarem a impingir os jovens a não concorrem para o acesso à uma habitação ou outras benesses, cada jovem da JURA construirá a sua canoa para remar contra a maré imposta
João Batista Rodrigues
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