No Ministério das Finanças (MINFIN), um fenômeno preocupante tem sido observado nos últimos tempos: o nepotismo e o amiguismo estão minando a eficiência da instituição. A Ministra das Finanças continua nomeando pessoas de sua confiança, parentes de amigos e alguns dirigentes, deixando de lado os funcionários da casa, que possuem conhecimento e experiência comprovados.
A nomeação de gestores sem vínculo anterior com o MINFIN, contrariando a legislação vigente, tem se tornado uma prática comum. Além disso, funcionários do Ministério das Finanças são exonerados e realocados em outros órgãos, para dar lugar aos amigos da ministra e seus aliados. Muitos desses funcionários, ao retornarem ao MINFIN, alegam falta de condições ou morosidade na emissão de guias de marcha, enquanto continuam recebendo salários, inclusive aqueles que vivem no exterior.
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A situação é ainda mais preocupante quando se observa a falta de promoções e atualizações de categoria para os funcionários mais antigos. Mesmo após mais de 20 anos de serviço, nunca foi realizado um concurso interno para a progressão na carreira. Somente em 2019, com o Despacho Conjunto 259/22 de 26 de Janeiro, o MINFIN decidiu iniciar o processo de atualização de categorias, deixando muitos funcionários sem perspectivas claras de progresso profissional.
Além disso, é alarmante a contratação de pessoas comprovadamente reprovadas em concursos públicos, que agora são automaticamente incluídas nos quadros do MINFIN através de despachos da Ministra. Isso levanta questionamentos sobre a seleção criteriosa dos consultores dos Ministros e Secretários de Estado, uma vez que muitos deles parecem não ter o conhecimento necessário para desempenhar suas funções adequadamente.
A criação de grupos técnicos para acomodar amigos e retirar competências das áreas específicas também é motivo de preocupação. A extinção de departamentos responsáveis pela organização e métodos, como o Gabinete de Organização e Métodos (GOM), levanta dúvidas sobre a eficácia das decisões tomadas pela Ministra das Finanças.
Diante dessas questões, é urgente rever a forma de escolha dos consultores e promover uma gestão mais transparente e competente no MINFIN. É fundamental priorizar a meritocracia e garantir igualdade de oportunidades para todos os funcionários, promovendo concursos internos para ocupar as vagas existentes.
A situação atual compromete a eficiência do MINFIN, afetando tanto os funcionários dedicados quanto os investidores que ainda acreditam no país. É necessário corrigir as falhas sistêmicas, melhorar os procedimentos internos e garantir que o MINFIN seja gerido de forma responsável, em benefício de todos os cidadãos.
Espera-se que a Ministra das Finanças tome as medidas necessárias para corrigir essas irregularidades e promover uma gestão mais transparente e eficiente no MINFIN. O futuro do Ministério e o bem-estar econômico do país dependem disso.
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