Duas das grandes petrolífera angolanas há muito que se mantém calada sobre os seus proprietários.
De acordo com o África Intelligence, a ACREP dirigida desde Agosto do ano passado por Edilson Bartolomeu, antigo executivo de topo da empresa argentina Pluspetrol, cujas acções e investimentos foram adquiridos pela ACREP no bloco onshore Cabinda-Sul.
A ACREP pretende agora recapitalizar-se e vai colocar à venda 37,5% das suas acções entre 19 de Fevereiro e 1 de Março na BODIVA. É a primeira vez que uma empresa petrolífera angolana faz tal movimento.
O Estado, que detém 16,63% da ACREP através do Banco de Poupança e Crédito (BPC), anunciou no Diário Oficial que estava a privatizar a sua participação.
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O principal accionista da ACREP com 49,9% é a Mon Larama Et All Serviços. Esta gestora de activos é controlada por Carlos Amaral, ex-director-geral da ACREP e ex-executivo da Sonangol, e António Moreira Barroso Mangueira, administrador da Etu Energias (ex-Somoil).
Amaral também detém 25,15% de participação na empresa. Os restantes 8,32% são detidos pelo Fénix - Fundo de Pensões SGFT, fundo de pensões fundado em 2003 e detido maioritariamente pelo BPC.
Os seus accionistas incluíram durante algum tempo o actual ministro da Economia, José de Lima Massano. Hoje, o Fénix é detido em 99% pelo BPC, sendo o restante 1% detido pelo ex-diretor de pequenos negócios do fundo, Emanuel dos Passos Monteiro Cordeiro da Mata.
Em 2012, a ACREP também criou uma empresa em Moçambique com o objectivo de avaliar e promover oportunidades de exploração e produção de hidrocarbonetos, mas estas operações foram suspensas devido à queda dos preços do petróleo a partir de 2013.
Os resultados pouco convincentes do programa de exploração, combinados com os preços fracos do petróleo entre 2014 e 2019, dissuadiram a ACREP de negociar a extensão das suas operações nos blocos terrestres 1718 e 1818 na Bacia do Okavango, na Namíbia.
No ano passado, em Angola, a empresa garantiu o estatuto de operadora e uma participação de 45% no bloco KON 19, na Bacia do Kwanza. Tem também uma participação de 55% no bloco terrestre angolano Cabinda Sul e deverá em breve tornar-se operadora de outro bloco em Cabinda, cujos detalhes ainda não são conhecidos (AI, 26/01/24).
Identidades secretas
A Somoil, que se tornou Etu Energias em Abril do ano passado (Etu significa "nós" em Bantu), foi fundada em 2000 por membros do MPLA.
Foi durante muito tempo associado ao antigo vice-presidente de Dos Santos e ex-PCA da Sonangol, Manuel Vicente, bem como ao antigo ministro da Indústria, Joaquim David.
Agora dirigida pelo ex-executivo da Sonangol Edson dos Santos, a Etu Energias é detida em 50% pelo antigo chefe de geofísica da Sonangol, Almeida e Sousa, e em 30% pelos seus ex-colegas Alexandre Salgado Costa e Ana da Conceição Nunes.
A identidade dos outros oito acionistas que detêm os 20% restantes permanece desconhecida. O operador privado angolano continua a comprar licenças a torto e a direito: no final de Janeiro, tornou-se operador de dois blocos na Bacia Central do Congo, CON 2 e CON 8, adquirindo uma participação de 50% e 40% respectivamente, depois de já gastou 1,2 mil milhões de dólares em oito blocos angolanos em 2022.
África Monitor
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