Descontentamento na Marinha: O Almirante Valentim Alberto Antonio desafia o Presidente e o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas



Na Marinha de Angola, uma polêmica envolvendo o chefe da instituição, Almirante Valentim Alberto Antonio, tem desafiado as ordens do Presidente da República e do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (CEMG/FAA). A controvérsia está relacionada ao despacho emitido pelo CEMG/FAA, que determina o patenteamento dos militares que ocupam cargos em que seu grau militar é inferior, bem como a promoção daqueles que permanecem por um longo período no mesmo grau.


O Lil Pasta News sabe que de acordo com a ordem do CEMG/FAA, todos os ramos das Forças Armadas promoveram e graduaram seus militares, exceto a Marinha, o que gerou um descontentamento entre os membros da instituição. Há casos de militares com a patente de Subtenente, que é uma patente de transição, há mais de quatro ou cinco anos, especialmente nas regiões de Soyo e Cabinda.



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O comandante da Marinha justificou que somente será concedido o patenteamento àqueles que possuírem três anos de ensino superior ou forem licenciados. No entanto, é importante ressaltar que nenhum exército no mundo é composto apenas por graduados ou doutores. Aqueles que estiveram na linha de frente durante os tempos de guerra, muitas vezes nem mesmo completaram o ensino médio, e é necessário reconhecer o papel desses militares na conquista da paz.


Esses requisitos mais altos devem ser exigidos daqueles que ingressam na vida militar durante este período de paz. Na Marinha, existem muitos militares mais velhos que participaram de conflitos armados e, há muito tempo, ocupam cargos de soldados ou sargentos, sem serem promovidos apenas por falta de ensino superior.


Além disso, os Fuzileiros Navais possuem unidades em regiões remotas, como Noqui e Pedra de Feitiço, onde nem mesmo o ensino médio está amplamente disponível. É irrealista exigir que esses militares tenham formação superior. Essa situação é preocupante e pode levar a consequências imprevisíveis no futuro.


É importante lembrar ao Presidente da República e ao CEMG/FAA que a Marinha também faz parte das Forças Armadas Angolanas e merece ser levada em consideração nas decisões que afetam sua estrutura e pessoal. A busca pela equidade e reconhecimento dos serviços prestados pelos militares de todas as patentes é essencial para manter a harmonia e a motivação dentro da instituição.


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