Os governos dos Estados Unidos da América (EUA) e de Angola assinaram na terça-feira, em Dallas, vários acordos de financiamento, no valor de 1,3 mil milhões de dólares para investimentos no Corredor do Lobito.
À margem da Cimeira Empresarial EUA-África do Conselho Corporativo para a África, "Angola e os Estados Unidos da América celebraram a assinatura de acordos de financiamento para projetos da República de Angola financiados pelo EXIM Bank para o desenvolvimento do Corredor do Lobito, o principal beneficiário da Parceria Global de Investimento e Infraestrutura (PGI)", lê-se num comunicado do departamento de estado americano.
Os acordos assinados, são destinados "ao financiamento de três importantes projetos de infraestruturas ligadas ao Corredor do Lobito, e visam igualmente investimentos para a energia limpa, conetividade e expansão do sinal de rádio, e infraestruturas de transporte, representando um compromisso significativo do Governo dos EUA em apoiar as prioridades de investimento económico do Governo de Angola em vários setores", acrescenta-se ainda no comunicado.
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A cerimónia de quarta-feira em Dallas surge na sequência da visita do Presidente de Angola, João Lourenço, a Washington, no ano passado, altura em que foi anunciado um conjunto de investimentos dos EUA em Angola num valor a rondar os mil milhões de dólares, cerca de 930 milhões de euros, principalmente para projetos ligados ao Corredor do Lobito, uma ligação de costa a costa que liga a Zâmbia ao porto do Lobito.
O financiamento direto do Exim Bank, no valor de 907 milhões de dólares, servirá para apoiar a construção de duas centrais de energia solar através da empresa americana Sun Africa, com capacidade para gerar mais de 500 megawatts de energia renovável para a rede nacional de Angola, e é o maior projeto do Exim Bank no setor das energias renováveis.
Além disso, o Exim vai também financiar parcialmente a construção de 186 pontes em Angola, num investimento total de 450 milhões de dólares, e ainda o projeto de "expansão do sinal de rádio em FM, avaliado em 40 milhões de dólares, com a assistência da GatesAir, para aumentar a cobertura de rádio para 95% da população angolana", lê-se ainda no comunicado, em que se salienta ainda o "compromisso contínuo dos Governos de Angola e dos Estados Unidos da América para o fortalecimento da parceria entre os dois países".
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