Estão a ser atribuídas ao General Francisco Higino Lopes Carneiro pretensões de apresentar, antes do fim do ano, uma chamada "comunicação à nação" para partilhar com os militantes do seu partido algumas linhas de força com que se apresentará no congresso ordinário do MPLA de 2026, que vai eleger o próximo líder partidário.
De acordo com fontes da equipa, assim que as condições forem criadas, Higino Carneiro poderá anunciar que uma das suas metas, caso venha a ser eleito presidente do partido rumo às eleições de 2027, vai ser o procedimento de reformas constitucionais para trazer de volta o modelo de eleição presidencial separado das eleições gerais, deixando cair o modelo de cabeça de lista em que o líder é eleito a reboque do partido. A justificação apresentada é a de "normalizar o Estado de direito e democrático".
Ainda para o país, esta candidatura tenciona avançar com um projeto de reformas no sector agrícola acompanhado da chamada imigração positiva para o sul do país, à semelhança do modelo brasileiro que impulsionou a agricultura neste país irmão.
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De acordo com fontes do Club-K, esta equipa de campanha, promete dar sequência ao programa de prevenção à corrupção no país, mas antes vai proceder à reconciliação com todas as alas que se afastaram do partido reclamando alegada perseguição. O modelo de reconciliação interna passaria pela criação de condições para trazer ao país os filhos de José Eduardo dos Santos que se viram forçados a exilar-se desde que o pai abandonou voluntariamente o poder, e logo a seguir foram alvos de perseguição judicial.
No plano das relações institucionais, esta candidatura garante dar tratamento digno aos partidos da oposição para que não sejam encarados como "inimigos".
Apesar de o processo de candidaturas ainda não estar aberto, o general Francisco Higino Lopes Carneiro conta já com uma equipe de apoio constituída por jovens e generais, que optam por manter na discrição como medida de prevenção e evitar que sejam alvos de alguma maldade política.
Francisco Higino Lopes Carneiro, alimenta o espírito de um dia ascender ao cadeirão máximo do país, no seguimento de um antigo presságio familiar. Mas numa fase da vida em que o antigo Presidente José Eduardo dos Santos lhe teria dado sinais de que o mesmo também fazia parte da linha de sucessão, razão pela qual no fim (antes de 2017), ele e um outro general (Kundi Paihama), manifestaram residência pela decisão final de JES, em inclinar-se em João Lourenço.
Com a subida de Lourenço ao poder, Carneiro viu por cima de si vários processos criminais que seriam mais tarde arquivados. Reconciliou-se com JL, tendo numa primeira fase se disponibilizado para viajar a Barcelona e convencer JES a regressar ao país para participar num congresso de reeleição de Lourenço, ao que não aconteceu como planeado.
Em março deste ano, Carneiro foi convidado para participar na festa de aniversário de João Lourenço, o que para alguns o gesto terá simbolizado a reafirmação do fim das hostilidades mútuas. Mesmo assim, um grupo de jovens membros do partido e generais reformados, que se juntaram para apoiar esta candidatura, revelam ainda não se sentirem confortáveis de assumirem as suas posições em público, por receios de que sejam alvos de alguma maldade política.
Em finais de Junho, o general Higino Carneiro esteve discretamente na província do Bié para trabalhos de campo traduzido em contactos partidários e empresariais.
Álvaro Manuel de Boavida Neto, antigo Secretário Geral do partido que foi afastado há alguns anos por manifestar oposição à hostilização a José Eduardo dos Santos, é apontado como um dos quadros do partido aguardado para mais a frente tomar uma posição quanto a um eventual apoio à candidatura de Higino Carneiro. O antigo governador provincial do Kwanza Sul, Serafim Maria do Prado, é também aguardado nesta mesma perspectiva.
De vários generais que foram em privado abordados sobre esta candidatura, o general reformado Eusébio de Brito Teixeira foi dos poucos que não se mostrou inclinado em se juntar à candidatura de Higino Carneiro, manifestando preferência por uma outra eventual candidatura que em breve será anunciada.
A antiga deputada Tchizé dos Santos e filha de JES, foi a primeira em assumir publicamente que não apoiaria Higino Carneiro, acusando-o de ter traído o seu pai na última fase da vida deste em benefício de uma prestação de serviço a João Lourenço. Ao contrario de Tchizé, o antigo administrador do Cazenga, Tomás Bica Mumbundo, é entre os quadros da nova geração, o mais desejado pela equipa de apoio a candidatura de Higino Carneiro.
Club-K
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