"Um Passado Compartilhado, um Futuro Desafinado?"Excelências, autoridades, cidadãos angolanos e portugueses,
É com um misto de esperança e preocupação que me dirijo a vós hoje. A história que une Angola e Portugal é rica e complexa, marcada por um passado colonial que, embora distante, continua a moldar as nossas relações presentes. Ao longo dos anos, foram estabelecidos diversos acordos comerciais e sociais, cimentando laços que transcendem fronteiras e culturas. No entanto, a forma como esses laços são manifestados no dia a dia, especialmente no que diz respeito aos serviços consulares, levanta sérias preocupações.
Reconheço e valorizo a solidariedade demonstrada por muitos cidadãos portugueses para com os angolanos, assim como os esforços de alguns em facilitar a emissão de vistos de estudante. No entanto, não posso deixar de destacar as dificuldades enfrentadas por cidadãos angolanos que buscam visitar Portugal, em particular no que diz respeito ao processo de agendamento de vistos de turismo. A ineficiência deste sistema contrasta com a facilidade com que os cidadãos portugueses podem entrar e sair do território angolano, sem a necessidade de um visto de fronteira.
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A falta de agilidade e transparência no processo de agendamento de vistos de turismo gera frustração e desânimo, manchando a imagem de um país que se apresenta como parceiro estratégico de Angola. É fundamental que as autoridades portuguesas compreendam que a qualidade dos serviços consulares não é um mero detalhe, mas sim um reflexo da importância que atribuem às suas relações bilaterais.
Diante desse cenário, é lamentável constatar a ausência de um pronunciamento oficial por parte do consulado português em Angola. A falta de comunicação e a aparente indiferença face às queixas da população angolana são sinais de uma gestão pouco atenta às necessidades dos cidadãos e de uma falta de compromisso com a construção de relações bilaterais sólidas e duradouras.
Exigimos:
* Agilidade e eficiência: A implementação de um sistema de agendamento de vistos mais célere e transparente, garantindo igualdade de tratamento para todos os cidadãos.
* Comunicação: Um diálogo aberto e constante entre as autoridades dos dois países, com o objetivo de encontrar soluções para os problemas existentes e fortalecer a confiança mútua.
* Respeito: O tratamento justo e igualitário de todos os cidadãos, independentemente da sua nacionalidade, reconhecendo os laços históricos e as responsabilidades mútuas.
Acreditamos que, ao trabalharmos juntos, podemos construir um futuro mais promissor para Angola e Portugal, um futuro no qual os laços históricos sejam fortalecidos e os desafios sejam superados em prol do bem comum.
É hora de transformar as promessas em ações concretas!
Atentamente
Artur Neto
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