Consulado portugues nega visto a Bispo Católico



O clero católico angolano manifesta agastado com a conduta do Consulado de Portugal em Luanda, especialmente em relação à recusa de vistos a cidadãos angolanos, incluindo membros da Igreja Católica.


Recentemente, o arcebispo-emérito de Lubango e ativista pela paz, Dom Zacarias Kamwenho, encontrou-se numa situação de emergência e solicitou um visto Schengen ao consulado português. No entanto, o pedido foi negado pelo vice-cônsul português, Ricardo Filipe Aguiar Mateus Pereira.

 

Diante da urgência, Dom Zacarias Kamwenho recorreu ao consulado da Itália em Luanda, que prontamente atendeu o seu pedido em apenas dois dias. Com o visto emitido, o arcebispo viajou para Portugal, onde permaneceu por quatro dias, e depois seguiu para a Itália para cumprir a sua missão pastoral.



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O Consulado de Portugal em Luanda tem sido criticado por criar dificuldades para a obtenção de vistos, especialmente após o agravamento da situação econômica em Angola, o que levou a um aumento no número de angolanos que buscam instalar-se em Portugal. Muitos cidadãos reclamam que o sistema de agendamento da VFS está comprometido, e que algumas pessoas são forçadas a pagar até 200 mil kwanzas para conseguir uma marcação, através de redes ligadas a funcionários do consulado. 

Até 2022, as recusas de vistos eram constantes, atribuídas a esquemas conduzidos por duas angolanas próximas à antiga cônsul, Cláudia Boshier. A diplomata foi acusada de dificultar o processo de obtenção de vistos, mas de favorecer uma estrutura paralela vinculada a si, onde os interessados pagavam para obter um visto em apenas dois dias.


Com a exoneração de Cláudia Boshier e a chegada da nova cônsul, Rosa Lemos Tavares, a situação começou a se normalizar. No entanto, após a transferência de Rosa Tavares para a Turquia, o consulado passou a ser interinamente gerido pelo vice-cônsul Ricardo Filipe Aguiar Mateus Pereira, que endureceu o processo de emissão de vistos.

 

A redação do Club-K, chegaram alegações indicando que três funcionárias angolanas do consulado – Conceição Cruz, Ana Veneno e Cláudia Traça – estarão a favorecer processos nos quais têm interesse pessoal, prejudicando o agendamento e os pedidos de vistos de outros cidadãos.

Club-K

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