Nos últimos anos, o governo angolano tem enfrentado uma batalha sem precedentes pela luta contra a corrupção, pela justiça e pelo futuro das suas instituições públicas. Nunca, na história política do país, se ousou tanto, nem se correu um risco tão grande para corrigir os erros do passado. Passo a passo, o governo tem tentado travar o avanço da corrupção e recuperar a confiança do povo. Mas, justo quando a esperança começa a renascer, o caso AGT emerge como uma dura lembrança de que a luta está longe de ser vencida.
Num momento de dificuldades extremas, em que o governo tudo faz para equilibrar as contas públicas, este desfalque representa mais do que uma simples fraude. É uma traição descarada ao esforço coletivo de um país inteiro. Enquanto o povo aperta o cinto e se sacrifica, alguns, escondidos atrás de cargos públicos, aproveitam-se da confiança neles depositada para enriquecer à custa da nação.
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A pergunta é inevitável: “Como foi possível?” Como é que uma instituição tão estratégica pôde ser usada para satisfazer interesses pessoais, sem que ninguém percebesse a verdadeira dimensão do problema? Os mais velhos, que tantas vezes foram criticados por manterem o poder nas suas mãos, começaram a confiar nos jovens para assumir as rédeas da administração pública. Mas agora, essa confiança está profundamente abalada.
O partido no poder tem de agir com firmeza. Chegou o momento de acabar com as nomeações baseadas em afinidades políticas e começar a valorizar o mérito, a competência e, acima de tudo, a integridade. Os cargos públicos não podem ser ocupados por oportunistas, por aqueles que gritam “viva ao partido” apenas para esconder a verdadeira intenção de saquear o país.
O caso AGT não pode ser mais um escândalo abafado pelo tempo. Este episódio deve marcar um ponto de viragem na luta contra a corrupção. É hora de cortar o mal pela raiz, responsabilizar os culpados e, se necessário, afastar quem quer que esteja a proteger estes criminosos. O governo não pode continuar refém de uma minoria gananciosa, que prefere destruir o futuro do partido e do país para satisfazer os seus próprios interesses.
Mas esta batalha não é apenas do governo. É de todos nós. É a luta do povo angolano um povo resistente, forte, que merece mais, que exige justiça, que sonha com um país livre de corrupção. A verdade e a justiça não podem ser negociáveis.
Chegou a hora de virar a página, de escrever uma nova história uma história de coragem, de responsabilidade e de transparência. O futuro de Angola não pode esperar. A nossa terra é rica, o nosso povo é trabalhador e a nossa força é imensa. Não deixemos que uma minoria nos roube o sonho de um país melhor.
Basta de traições dentro do partido. Basta de impunidade. Angola não se renderá. O futuro pertence a quem tiver a coragem de lutar por ele, sem medo, sem hesitação. Porque a verdade sempre vence. E Angola também.
Silvana dos Santos
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