No gabinete do Presidente da República, a influência familiar se torna cada vez mais evidente. O Diretor da ENDIAMA, José Ganga Júnior, não apenas coloca a filha em uma posição de destaque, mas também utiliza os filhos como testas de ferro nas suas operações. Na SODIAM, sua confiança se estende a um parente e a uma amante, que atuam como seus representantes. Este esquema é corroborado pela participação de altas patentes das Forças Armadas Angolanas (FAA), que se envolvem nas transações.
Entre os protagonistas desse cenário, destacam-se dois compradores israelenses, estabelecidos na Bélgica há anos, que desfrutam de trânsito livre em Angola. Frequentemente descritos como "cães rafeiros", eles circulam com liberdade entre as áreas de Cassequel e o aeroporto 4 de Fevereiro, aproveitando-se das brechas do sistema.
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Embora a venda de diamantes represente apenas 3% do Produto Interno Bruto (PIB) angolano, a realidade é muito mais complexa. As melhores pedras são desviadas, e esses compradores especiais conseguem adquirir diamantes a preços irrisórios na fonte, revendendo-os em seus países a valores exorbitantes.
Como diz um ditado popular: "Quando o peixe te disser que o hipopótamo está doente, acredita". Essa máxima resume bem a intricada teia de operações ilegais que permeiam o comércio de diamantes em Angola, revelando um sistema de corrupção e desvio que se perpetua sob a sombra da impunidade.
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