Assinala-se amanhã o 51.º aniversário do «25 de Abril», uma data que marca a queda do regime fascista em Portugal e, por arrasto, da colonização nas antigas colónias africanas do Ultramar português.
O «25 de Abril», que romanticamente ficou conhecido como a «Revolução dos Cravos», resultou de um golpe de Estado protagonizado por jovens militares portugueses, muitos deles envolvidos nos teatros da guerra na Guiné-Bissau, Moçambique e Angola.
Em Angola, a data não tem sido devidamente valorizada, antes pelo contrário ignorada ou minimizada, provavelmente na perspectiva do poder instalado passar a ideia de que o fim da colonização portuguesa resultou unicamente da guerra de guerrilha levada a cabo, fundamentalmente, pelo MPLA.
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Em boa verdade, houve uma série de factores que estiveram na origem do golpe que ditou a queda do regime colonial fascista sendo alguns deles a luta política das forças anti-fascistas em Portugal, o apodrecimento do regime do ditatorial, as pressões externas, a tomada de consciência dos jovens militares lusos em consequência da luta armada levada a cabo nas colónias, sobretudo na Guiné-Bissau, onde Portugal registou o maior número de baixas militares.
É forçoso dizer que Portugal perdeu a guerra em Angola quando, nos últimos anos que antecederam ao golpe militar, o exército português havia reduzido grandemente as iniciativas aos movimentos de guerrilha, fazia uma guerra de baixa intensidade e detinha o controlo de mais de 90% do território nacional.
Além disso, o exército português tinha sido remetido ao papel de quase mero espectador no conflito, visto que os três Movimentos de Libertação Nacional (MLN) digladiavam-se entre si nas matas. No final, os tugas apareciam para contar o número de cadáveres como resultado dessas lutas fratricidas.
Sintomaticamente, a notícia do golpe de Estado em Portugal colhera de surpresa o malogrado presidente do MPLA, Agostinho Neto, que se encontrava na altura no Canada. Consta que a reacção de Neto aos acontecimentos deixou transparecer que ele não contava que a ditadura salazarista caísse a curto ou médio prazo como resultado da resistência armada em Angola. Para agravar a situação, o MPLA estava mergulhado numa profunda crise interna, ou seja, fragmentado em três facções de Neto, Chipenda e Mário P. Andrade.
Não restam dúvida que o «25 de Abril» serviu de esteio para a independência das antigas colónias africanas, sendo que as sucessivas derrotas militares dos portugueses, sobretudo na Guiné-Bissau tiveram um peso significativo. Convém não perder de vista que o embrião do Movimento das Forças Armadas nasceu naquela antiga colónia lusitana onde o general Spínola foi comandante em chefe das Forças Armadas e mais tarde governador-geral.
O 25 de Abril foi, verdade seja dita, um golpe de Estado BOM porque trouxe mudanças positivas
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