É CHUVA, É OBRA !- Rui Kandove




Uma grande lição protagonizada pela Mãe Natureza: No primeiro dia de Abril, todos os cidadãos residentes em Luanda, foram afectados pelas consequências da chuva. Pobres, ricos, os mais ou menos, chefes, chefinhos e até chefões viram as suas rotinas condicionadas pela chuva. Sim, o sol brilha para todos e a chuva salpica a cada um de nós. “Porque ELE faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos “, está na Bíblia em Mt-5:45. 

Mergulhados na competitividade diária, na luta pelo pão nosso de cada dia, o ser humano, numa primeira fase, esforça-se para manter o essencial e não passar por privações.  O desafio é manter o básico. Só que alguns, embriagados pela maldade, deixam-se corromper pela ganância, egoísmo e ambição desmedida.

E quando o ser humano não mais consegue mensurar o seu nível de “deslealdade” para com o universo e consequentemente com o bem comum, é aí que a natureza se manifesta fazendo recordar ao homem, de que de nada adianta “sacar” em benefício próprio ignorando o colectivo. 



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Na madrugada de 01 de Abril, Luanda foi literalmente assaltada por uma grande chuva. E como sempre, as insuficiências em matéria de obras públicas, mormente no que se refere aos esgotos, estradas e nas respectivas valas de drenagem, logo vieram ao de cima. O problema é que todos os anos é a mesma música. Projectos e mais projectos. 

Depois do período da guerra civil, o País viu-se forçado a mobilizar recursos para a ingente tarefa de reconstrução nacional. José Eduardo dos Santos, então Presidente da República, não conseguiu mobilizar o Ocidente  para a conferência de doadores. Como alternativa, Angola virou-se à China onde encaixou, do gigante asiático, por empréstimo, claro, a quantia módica de perto de 50 mil milhões de dólares. Números absolutamente atraentes. No leque das empreitadas, o governo deu também oportunidades às empresas ligados a muitos dirigentes. Até aí tudo tranquilo. Ao invés de pensarem numa verdadeira intervenção, no âmbito dos trabalhos requeridos com standards internacionalmente requeridos e de acordo com os valores envolvidos nas empreitadas, muitos dos “pseudo empresários”, optaram  por “desbundar” a massa no estrangeiro com compras de altas mansões e etc. Mas, como a fonte das riquezas é Angola, os ditos empresários acabam sempre por ficar no País, atentos à “próxima iula”. Como estão em Angola, acabam também por beneficiar do mesmo sol e chuva disponibilizado ao povo em geral. Ou seja, as consequências que todos passam em função da má prestação de serviço, é também partilhada pelos grandes “empresários”. É absolutamente inconcebível a qualidade das obras um pouco por todo o País. As obras no Kilamba, Zango, Via Expressa, Camama, só para citar algumas, foram concebidas numa lógica pouco credível. Mas como se tem o vício de ludibriar tudo, até as obras feitas no Condomínio da AGT, no Patriota, sofreram com a natureza. Qual é a lição? Se continuarmos a nos aldrabar a nós próprio, um dia chegaremos ao estágio da RDC, ou seja, ao invés de ser Angola, o País passará  a ser reconhecido como um Congo.

É preciso sublinhar aos habitantes naturais de Angola, que o que for feito para essa terra, bem ou mal, será usufruído também nesta terra. De nada valerá adulterar valores destinados ao bem comum, quando no fim do dia, todos estarão expostos aos benefícios ou malefícios que possam advir dos serviços públicos.

É evidente que há uma tendência quase natural do homem tirar vantagem dos outros homens, o facto é que esse malabarismo prejudica o bem comum. Alguém(s) tem que vigiar. De outro modo será necessário expurgar os infractores. Angola é dos angolanos e ponto final.


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