Acompanhei com bastante interesse a entrevista do Ministro de Estado e da Casa Civil do PR concedida a TPA- João de Almeida

 


O debate que se gerou a volta da entrevista esteve relacionado com dois pontos. O  formato comunicacional que é da responsabilidade do meio e o tema em si.


No contexto da comunicação política, a forma como se estrutura o debate público sobre temas de interesse nacional deve observar princípios de pluralismo, transparência e responsabilidade editorial. A recente entrevista concedida à Televisão Pública de Angola (TPA), gerou reações intensas, porque, e sobretudo pela ausência de contraditório imediato quanto ao tema das alterações à Lei Eleitoral.


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Contudo, importa distinguir com clareza os papéis dos actores envolvidos: por um lado, o papel do responsável político que aceita prestar esclarecimentos públicos sobre um tema sensível e de elevado interesse nacional; por outro, o papel do órgão de comunicação social, que detém o poder editorial e define o formato das suas emissões.


Não é do foro do entrevistado, neste caso o Ministro de Estado, impor as condições editoriais de uma entrevista. A decisão de realizar um formato unilateral, entrevista em estúdio sem contraponto, cabe à TPA, como entidade editorialmente responsável. Nesse sentido, a eventual falta de pluralismo imediato no debate não deve ser imputada ao Ministro de Estado, cuja função institucional impõe, aliás, a prestação regular de contas perante a opinião pública.


Do ponto de vista técnico da comunicação política, a presença do Ministro de Estado num canal público para explicar medidas estruturantes pode ser entendida como um exercício de accountability,  prestação de contas,   sobretudo quando se trata de matéria de alta sensibilidade democrática, como a lei eleitoral. A ausência de contraditório não compromete, por si só, a legitimidade do acto comunicacional, desde que o meio promova, em momento posterior, espaço para debate plural e análise crítica.


A crítica, legítima e necessária, não devia ser dirigida ao Ministro de Estado.


Mas é como disse um amigo meu em Lisboa.  O debate deixou de ser técnico e passou a ser politico.


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