O maior problema do MPLA foi sempre a Democracia Interna a Sucessão nunca foi Pacífica



Tudo começa em 1956 quando o MPLA, juntou Mário Pinto de Andrade, Ilídio Machado, Lúcio Lara, Viriato da Cruz, intelectuais, poetas  e nacionalistas convictos


Viriato da Cruz foi  secretário-geral do Partido, entrou em desacordo com Agostinho Neto e outros dirigentes, por culpa do centralismo político.


Refugiou-se na China em 1960  e caiu em desgraça. Morreu isolado, abandonado pelos seus correligionários. 


A concentração de poder de  Neto e  do Bureau Político levou a Revolta activa anos 70.  Gentil Viana e Mário Pinto de Andrade, levantaram o mesmo problema de sempre falta de  Democracia interna. Acabaram exilados e silenciados.


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Em 1973 foi a vez das FAPLA, combatentes do Leste que se sentiam discriminados e excluídos pelo comando central controlado pela elite de Luanda baseada em Brazzaville,  revoltam-se a  ala Chipenda .


Em 1977 outra vez, Nito Alves, ex-Ministro do Interior, e Zé Van-Dúnem, lideraram uma corrente para criticar a centralização do poder em Agostinho Neto e favorecer as  elites urbanas e mestiças em detrimento da maioria Negra.  Estes foram acusados de liderar um golpe de Estado e o MPLA lançou uma das maiores purgas políticas da história de África  que serviu de  pretexto para prender, e expulsar figuras chaves do partido.


 Resultado maior  controle do  Bureau Político.

Cultura do medo.

Evitar a todo custo  eleições internas e  blindar sucessões presidencial .


Até hoje o fantasma do fraccionismo está presente nas hostes do Partido e quem diverge do líder não é adversário político  é traidor.


Neto uniu tribos sob uma só bandeira, mas não ensinou como se larga o poder.  Morreu no cargo, sem deixar sucessor preparado.


JES  subiu ao cargo jovem demais, mas quando saboreou o Poder ficou  velho demais para confiar em alguém que não fosse ele próprio.


 Ao longo de anos iludiu muitos delfins, onde todos pensavam ser o próximo até o seu próprio filho, mas ninguém tinha certeza de nada.  


JES manipulava com precisão: Promovia, depois travava. Aproximava, depois punia. 


Nenhum delfim podia crescer demais, e quem tentasse era logo neutralizado e  afastado com elegância.


E, no fim, entregou o poder  a Jlo, não por via do jogo democrático, mas por cansaço,  pressão interna do Partido e pressão Externa .


Jlo, uma vez no trono, fez questão de destruir tudo o que lembrasse o legado JES.


Agora, JLo está preso no mesmo dilema que atormentou JES: 


• Quem virá depois de mim?

• Como entregar o poder sem cair em desgraça? 

• Como deixar o trono sem abrir espaço para a vingança dos que ficaram de fora?


Não é novidade para ninguém que Higino Carneiro e JLo foram  camaradas de trincheira.

 Em 1992 eles  lideravam a comissão conjunta do lado do MPLA e são pessoas chaves no processo de paz.


JLo acabou por ser premiado com o cargo de Secretário do Partido. 

Já Higino Carneiro seguiu para o Governo como um dos  homens de confiança de JES,  transformando-se num general gabinete que   rapidamente ficou conhecido como o General 4x4


Enquanto isso, JLo caiu em desgraça. Tudo porque JES, mestre da manipulação política, prometeu em 2008  que havia de se retirariar da política. Mas não se retirou. 

Jlo foi tido como  traidor e o castigo foi passar 11 anos no deserto político, reduzido a Deputado, longe do gamátorio, roubo a céu aberto do Pais que JES mais tarde chamou de Acumulação Primitiva de Capital. Jlo ficou longe dos Bisnos .


Já HC aproveitou, engordar o bolso e o seu capital político. 


Quando JLo chegou à Presidência, decidiu terminar com o modelo de criação de Ricos em Angola ( Acumulação Primitiva de Capital ) 


Jlo,  não esqueceu a humilhação. 


 Castigou os filhos políticos de JES,  denominada ala JES, foram isolados  apagados dos círculos de decisão. 

Fim assim que começou a grande  grande desforra. Um ajuste de conta que se tornou lei, a Luta contra corrupção.


Os filhos do antigo patriarca-JES,   Isabel, Tchizé e Zenú,  não  foram poupados, como ratos uns estão em fuga, o filho varão de foi  apanhado com a boca na botija por ter gamado 500 milhões usd no BNA.


Jlo não é de perdoar  larapios,  pôs o homem a ver o  sol a nascer quadrado na cadeia de São Paulo. 


HC está ansioso para suceder Jlo, mas há um problema: HC é da ala de JES. E isso, para JLo, é pecado mortal.


JLo sabe que precisa proteger-se e evitar cair na mesma armadilha que apanhou JES.


 A única saída é usar o de sempre, impedir a Democracia interna no partido. 


Mais uma vez, o novo líder será escolhido a dedo. Sem oposição interna legítima. 


Tudo indica que a aposta vai recair sobre um nome jovem, obediente e facilmente manejável. 


Eu vou molhar as minhas fichas na Mara Quiosa ou Adão de Almeida. Estes putos  estão a se mexer muito, estão a ser  preparados, não para liderar com visão própria, mas para garantir a continuidade da ala presidencial.


Enquanto isso, os históricos da ala JES, a ala do irreverente Eng.  António Venâncio e outras múltiplas  aulas que se escondem em silêncio dentro do  Movimento Popular de Libertação acham que já não  há  tempo para esperar, porque muitos  já estão na casa dos 70 anos . 

Está na hora de aquecer o cadeirão, pois Deus já está a lhes chamar .


O risco maior pode ser o início das cisões dentro do Partido e assim nascer finalmente a 3° via em Angola 


 JOAQUIM SOARES


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