As minhas experiências sobre os muitos casos de abusos de menores fizeram-me não perceber o porquê deste silêncio dos adultos. Claro que muitas são as pessoas que vivem toda esta amargura e querem ver este quadro longe destes anjos.
Já ouvi casos de meninas sem mãe e vítimas da madrasta que lhes disse: "vocês vão comer comida envenenada". O caso dos doze meninos de uma equipe de futebol de Luanda, cujos abusadores foram o treinador de 60 anos de idade, é emblemático. Perante as câmaras da TV ZIMBO, fez a sua confissão: "Eu abusei deles, mas não lhes introduzi, só me chuparam". Este caso ficou em nada; nem a Federação Angolana de Futebol fez um simples pronunciamento.
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O caso, para mim, foi uma declaração direta de abandono, pois as pessoas não têm consciência do impacto das leis sobre os menores. Os três meninos foram abandonados pelos seus pais; a inferioridade destas crianças, o fim do relacionamento dos seus pais, deixou-os no abandono. Mais propriamente no bairro Cazenga, onde seu pai lhes alugou uma casa sem condições para crianças viverem. Uma rapariga de nove anos, um menino de 11 e outro de 13; quando seu pai se lembra deles, leva alimentação. Este caso deixou a vizinhança em tremendo choque, e as mães de outros meninos fizeram um apelo carregado de muitas emoções. Nem com isso ouvi uma sequer alteração deste caso, segundo as minhas fontes no terreno. Devo dizer que algumas vozes, com responsabilidade acrescida na nossa sociedade, já levantam suas vozes em prol destas muitas crianças que são vítimas, desde o trabalho esforçado até serem vítimas de adultos com uma certa conduta indecorosa.
Um dos pontos que mais faz levantar muitas questões é que todos estes casos acima citados passam nos órgãos de informação do estado angolano. Será que os nossos governantes, homens de cultura, atletas e bancários assistem à televisão pública?
Uma vez fiquei chocado quando o telejornal da TPA, com Ernesto Bartolomeu, fez abertura dizendo que o Quifaru está a ser usado para abusos de menores. Muitos devem pensar que a grande preocupação do ativista é somente a crítica ao partido no poder. Talvez sim; estes indivíduos devem ser fiscalizados por todos nós, sem dúvidas. Mas o caso aqui tem outra extensão. Devo dizer que, em geral, os políticos angolanos não se põem constantemente nos assuntos que milhares de crianças vivem no nosso país.
Olha, eu iria esquecer que, há alguns anos, a Secretaria de Estado para a Promoção da Família foi ao Lobito, porque viralizou nas redes sociais os casos de cidadãos chineses que estavam a engravidar meninas de 12 e 11 anos de idade. A senhora secretária disse: "Ai, bebês bonitinhos, vamos já ultrapassar isso". Como é que fica o rigor das nossas leis? Estes partos em idade infantil têm muitas consequências no futuro, fazendo um martírio; ou seja, estas meninas viveram uma vida melancólica.
Voltando ao pensamento do ativista, primeiramente é chamar a atenção da sociedade para algo que muitos não querem olhar diretamente. Outro aspecto são os números crescentes do Instituto da Criança Pública, que são extremamente preocupantes: 300 crianças abusadas por semana. Um bom número de crianças nas ruas tem sido vítimas de alguns policiais, altamente descontrolados. Este abuso de poder culminou esta semana com a morte de um menino de 13 anos de idade. O agente da polícia abriu fogo à queima-roupa nesta criança; logo em seguida, nas câmaras da televisão pública TPA, a vizinhança disse que isso tem sido uma prática corrente. Nós devemos cobrar tudo isso à polícia nacional; isso é uma responsabilidade dos chefes.
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