A recente decisão do ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, de afastar a empresa angolana GHASSIST do novo aeroporto internacional de Luanda e substituí-la por uma operadora estrangeira, Aviapartner, está a provocar indignação nacional e acusações de favorecimento político e económico.
Segundo informações obtidas pelo Agita News, a Aviapartner, empresa de origem belga criada no início deste ano para operar em Angola, não possui certificação internacional reconhecida, nem estrutura técnica ou equipamento próprio. Apesar disso, foi colocada à frente de uma empresa nacional com 27 anos de experiência e prestígio internacional, abrindo espaço a suspeitas sobre os critérios e interesses por trás da escolha ministerial.
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“É difícil entender como uma empresa criada há poucos meses, sem provas dadas, ultrapassa uma companhia com histórico sólido e certificações internacionais.
Há decisões que cheiram a favorecimento”, comenta um especialista ouvido pelo Agita News.
A GHASSIST, fundada em 1997, é certificada pela ANAC, pela IATA e pela International Certification Network, e conta com mais de 800 trabalhadores diretos e 3.500 formados. Com a decisão, centenas de famílias angolanas ficarão desamparadas, e a soberania económica nacional volta a ser colocada em causa.
O timing político do caso amplifica a polémica: a decisão do ministro surge a poucas horas do discurso do Presidente da República sobre o Estado da Nação, no qual se esperam promessas de geração de emprego e estímulo à produção nacional. A substituição de uma empresa angolana por uma estrangeira sem histórico soa, para muitos, como um golpe político e simbólico contra o próprio discurso presidencial.
“Enquanto o país fala de patriotismo económico, o Ministério dos Transportes abre as portas a interesses externos e fecha-as ao trabalhador angolano”, denunciou um economista consultado pelo Agita News.
Nos bastidores, há vozes dentro do setor que questionam a transparência do processo. A ausência de um concurso público transparente e o caráter repentino da decisão aumentam o clima de suspeita.
No Aeroporto 4 de Fevereiro, o ambiente é de revolta e desespero. Trabalhadores ouvidos pelo Agita News relatam dias de tensão, ameaças de despedimento e profundo sentimento de traição. Alguns afirmam que a decisão destrói anos de sacrifício e dedicação ao setor aéreo nacional.
O Agita News soube in sito que Lucas Antônio e André Santos(nomes fictícios)dois trabalhadores afectos a Ghassist desde 1997,ameaçam cometer suicídio em pleno aeroporto para chamar a atenção dos Angolanos e do mundo.
“O ministro fala em modernizar o setor, mas o que vemos é a destruição do que é nosso”, desabafa um funcionário com mais de 20 anos de casa.
A Aviapartner, que agora assume parte das operações aeroportuárias, ainda não apresentou um plano público de investimento, nem compromissos concretos de integração dos trabalhadores angolanos dispensados da GHASSIST — um detalhe que, segundo analistas, reforça a percepção de que Angola volta a ser usada como terreno fácil para negócios externos de curto prazo.
“Não é apenas uma má decisão administrativa — é um erro estratégico que empobrece o país e destrói confiança no Governo”, conclui um analista ouvido pelo Agita News.
O Ministério dos Transportes foi contactado pelo Agita News para prestar esclarecimentos sobre os critérios da decisão, mas não respondeu até ao fecho desta edição.
Com centenas de trabalhadores no desemprego e uma nova empresa estrangeira envolta em dúvidas, a polémica promete escalar e tornar-se um dos maiores testes à coerência do Executivo.
Agita News
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