CÓNEGO SEM PÚLPITO- JORGE EURICO

 


    Julius Malema era o benjamim presidente da Liga da Juventude do ANC. Serviu-se do cargo para desafiar os mais velhos. Atacou a liderança do partido. Atacou Jacob Zuma, o presidente de então. Queria nacionalizar minas, bancos e terras. Falava de redistribuição. Falava de Justiça. Mas a sua Justiça soava a revolução. A sociedade via nele o apóstolo da violência. Um perigo. Uma bomba-relogio ambulante. 


   O Comité Disciplinar do ANC chamou-o à razão. Acusou-o de indisciplina. De desrespeito. De incitação à divisão interna. Em Agosto de 2011, abriu-se o processo. Em Novembro, veio a suspensão. Cinco anos. Em Fevereiro de 2012, a expulsão definitiva. Malema saiu do ANC pela porta de trás.


    Valdir Cónego é atrevido.

Muito atrevido. Politicamente ingénuo. Anda na política por ver os outros nela. Filiou-se ao MPLA. Esperava comer gelado com a testa. Deram-lhe gelo. Quis candidatar-se à liderança do partido, mesmo sem conhecer os códigos do poder. Desconhecia que estava num partido centralizado. Paternalista.


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Levou um raspanete. Ficou ofendido. Começou a criticar abertamente o MPLA. E o seu líder. Foi-lhe instaurado um processo disciplinar. No fim, veio a expulsão.


   Antes, pediu perdão a augusta assembleia. Tarde demais. Disse (palavra mais, palavra menos ) que o MPLA era sua mãe. E João Lourenço, seu pai. O partido é mais que mamã. Filho que fala mal dos pais apanha. Corre o risco de levar com uma toalha molhada nas trombas. Assim eram tratados os meninos traquinas no meu tempo. Sei do que falo. 


    A incoerência custa caro.

E na política custa mais. Valdir Cónego foi bem expulso. Ponto final. Não se fala mais nisso. Abusou do direito de ser militante. Exagerou na liberdade. Esqueceu-se das regras. A liberdade, dentro dos partidos, tem limites. Quer falar livremente? Saia do partido. Quer ficar? Respeite a disciplina. Há uma fronteira entre liberdade e disciplina. Valdir Cónego passou a fronteira. Pisou a linha vermelha.


    “Malanje te espera”, canta Júlio Rey (Zezinho). Tomo-lhe a frase emprestada. Vai, Valdir.  Vai. O PRA-JA Servir Angola espera-te. Ou a UNITA. Mas lembra-te: Até na UNITA só se falava mal de Jonas Savimbi quando se estava são e salvo em Luanda. Nas zonas controladas pela UNITA, Savimbi era Deus na terra. Vai, Valdir. Vai para o Partido Liberal. Ou para o daquele músico que bate no pai. Vão fazer boa parelha. Um fala mal dos pais políticos. O outro bate no pai biológico. Os dois têm o mesmo problema: Falta-lhes juízo. Maturidade. Em política, quem confunde o altar com o palanque acaba sacrificado no próprio discurso.


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